Nódoa Negra, um livro-barómetro no feminino sobre a dor
É uma antologia de banda desenhada, feita de narrativas pessoais e ficcionais sobre a dor, escrita e desenhada a 24 mãos — todas de mulheres. Nódoa Negra chega agora às bancas pela mão da Chili Com Carne. (...)

Nódoa Negra, um livro-barómetro no feminino sobre a dor
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento -0.08
DATA: 2018-12-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: É uma antologia de banda desenhada, feita de narrativas pessoais e ficcionais sobre a dor, escrita e desenhada a 24 mãos — todas de mulheres. Nódoa Negra chega agora às bancas pela mão da Chili Com Carne.
TEXTO: Dileydi Florez queria falar sobre a dor. Porque, “tal como o amor, é comum a todo o ser humano”. Porque, “consciente ou inconscientemente”, todos a carregam. “E é preciso que venha cá para fora”, diz a autora e artista colombiana, a viver em Portugal desde 2001. É preciso exorcizar. O tema já lhe tinha batido à porta com o doutoramento em Belas Artes, especialização em Desenho, à boleia do qual se tem dedicado a estudar os tabus e o desenho da genitália feminina — e não poderia ignorar as dores menstruais. Portanto, quando, no ano passado, a associação e editora Chili Com Carne lançou o concurso “Toma Lá 500 Paus” dedicado exclusivamente a antologias, a inspiração foi incontornável. Nódoa Negra é apresentado quinta-feira, 18 de Outubro, na ZDB, em Lisboa, pelas 21h30. Estarão também em exposição alguns dos originais. O projecto acabaria por ser o vencedor e assim nasceu Nódoa Negra, uma antologia de banda desenhada, feita de narrativas pessoais e ficcionais sobre a dor, escrita e desenhada a 24 mãos. Todas de mulheres. Poderiam ser de homens, afinal “a dor não tem género”, mas este acaba por ser um “livro no feminino”, devido às próprias influências de Dileydi. A jovem doutoranda de 28 anos segue, sobretudo, o trabalho de mulheres que, na sua opinião, têm “conseguido desenvolver um trabalho bastante coerente” no campo da novela gráfica — Power Paola, Julie Doucet e muita malta escutada no podcast La Polola e lida na revista Brígida são referências obrigatórias lá fora (aí está, uma vez mais, a prova do fervilhante circuito da América Latina). Por cá, a mesma tendência. “A banda desenhada que me toca mais é a feita por mulheres”, confirma. Vai daí, viu também aqui uma forma de juntar nas mesmas páginas autoras-referência com autoras-emergentes, aproveitando a recente vaga de mulheres a mergulhar de cabeça na banda desenhada em Portugal. Assim, ao longo de quase centena e meia de páginas a preto e branco, vemos Susa Monteiro, sem palavras, a pôr-nos olhos nos olhos com uma dor sufocante, seguida de Mosi, a benjamim do grupo, que pega na famosa lengalenga do cuco que não gostava de couves para nos falar da morte. Inês Cóias, que tem aqui a sua primeira grande aventura na banda desenhada, reflecte sobre a depressão, enquanto Cecília Silveira (da Sapata Press) narra um combate de boxe, que é bem mais do que isso. Se Bárbara Lopes fala do parto, Dileydi das dores menstruais e de ovários poliquísticos. Marta Monteiro, Inez Caria, Hetamoé, Sílvia Rodrigues e Patrícia Guimarães completam a lista de autoras, sem esquecer a jornalista e crítica literária Sara Figueiredo Costa, a única participação em prosa, a abrir o livro. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. “Queríamos um texto, mas não uma introdução ou prefácio”, conta Dileydi. E Sara, profunda conhecedora do meio e de todas as pessoas envolvidas, não poderia dizer que não. “Como penetra, mas sem me sentir penetra”, diz, ao telefone com o P3, entre risos. “Numa escala de 0 a 10, quanto lhe dói?”, “estranha” pergunta tão veiculada nos filmes, serviu-lhe de ponto de partida para um questionamento entre a possibilidade de medir a dor psicológica ou emocional como a física. “Se calhar pode ter um peso igualmente forte, não são assim tão diferentes” — e, pelo meio, meteu-se o trabalho do neurocientista Jaak Panksepp a dar-lhe razão. São 12 histórias de diferentes tipos de dor feitas a 24 mãos — mesmo, pois desde Outubro do ano passado que as 12 andam em contacto, físico ou virtual, a partilharem processos ou esboços. Isto num livro que, espera Dileydi, também pode ser um barómetro do trabalho delas por cá. “É importante serem mulheres”, concorda a jornalista, recordando-se das edições iniciais do Amadora BD em que elas mal se viam (excepção feita a Alice Geirinhas, Ana Cortesão ou Teresa Câmara Pestana). Agora, começam a surgir novos nomes. Porquê? Responde Sara: “Tem sobretudo a ver com um espaço que não é reclamado e que muitas vezes é negado. E para o fazer, temos de criar esses espaços e reclamá-los. ”Já estão abertas as candidaturas para a sexta edição do concurso "Toma lá 500 paus e faz uma BD", promovido pela Chili Com Carne. Podem concorrer os sócios da associação (com as quotas em dia). O vencedor ganha 500 euros e verá a banda desenhada publicada. Os trabalhos a concurso devem ser enviados até 4 de Fevereiro de 2019 (no mínimo, quatro páginas seguidas e acabadas e 20% das páginas planeadas). Mais informações aqui.
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Isabel II não vai participar em cerimónias por não se sentir bem
A rainha de Inglaterra é a monarca mais velha em funções e celebrou o seu 92.º aniversário em Abril. (...)

Isabel II não vai participar em cerimónias por não se sentir bem
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-07-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: A rainha de Inglaterra é a monarca mais velha em funções e celebrou o seu 92.º aniversário em Abril.
TEXTO: A rainha Isabel II, 92 anos, não se sente bem e por isso não vai comparecer na cerimónia de celebração dos 200 anos da Ordem de São Miguel e São Jorge, na Catedral de São Paulo, nesta quinta-feira, anunciou o Palácio de Buckingham. "A rainha não se sente bem e decidiu não comparecer à celebração desta manhã na Catedral de São Paulo, que marca o 200. º aniversário da Ordem de São Miguel e São Jorge", refere nota do palácio, acrescentando que Isabel II será representada pelo duque de Kent, o grão-mestre da ordem e primo da rainha. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. A agenda da rainha tem sido preenchida. Ainda na terça-feira entregou os Queen Young Leaders Awards, no Palácio de Buckinham, de pé e pessoalmente a 61 jovens de toda a Commonwealth. Este galardão foi criado em 2014 para premiar jovens entre os 18 e os 29 que se destacam nas suas comunidades. A acompanhá-la estiveram o ex-primeiro-ministro John Major, o príncipe Harry e a mulher Meghan, os duques de Sussex. Isabel II é a monarca mais velha em funções e celebrou o seu 92. º aniversário em Abril, o mês passado fez uma operação às cataratas.
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Palavras-chave mulher rainha
Madonna escolheu Lisboa pelo futebol e para fugir de Trump
A cantora foi fotografada em Portugal e entrevistada pela revista Vogue italiana. (...)

Madonna escolheu Lisboa pelo futebol e para fugir de Trump
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-08-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: A cantora foi fotografada em Portugal e entrevistada pela revista Vogue italiana.
TEXTO: Fotografada em Lisboa, Madonna é a capa da edição de Agosto da Vogue Itália. A cantora fez questão de centrar a entrevista não no passado, mas sim na vida em Lisboa, onde vive há cerca de um ano com os quatro filhos adoptivos. Em entrevista, conta que decidiu mudar-se para a capital portuguesa por causa da carreira de futebol de David – que joga no Benfica e faz 13 anos em Setembro –, mas também para fugir ao actual clima político dos EUA. “Fiz o meu melhor para encontrar as melhores escolas de futebol com os melhores treinadores, mas a América neste campo é bastante atrasada em comparação com o resto do mundo”, justifica. Ainda considerou Turim (pela academia italiana da Juventus) e Barcelona, mas acabou por se decidir por Portugal. “Lisboa é uma cidade antiga e, digamos assim, ninguém tem pressas”, define a cantora. Apesar de ocasionalmente lhe pedirem fotografias ou autógrafos – que dá sem problema –, diz que, em geral, as pessoas não a incomodam. "É uma cidade tranquila, mas também tem uma aura melancólica, o que explica porque é que o fado nasceu aqui. É o lado romântico – e certamente também o criativo e artístico – que gera música bonita e muita arte em geral", comenta, sublinhando a mistura de estilos que ouve pelas ruas da cidade, do fado ao kuduro, passando pelo jazz. Nos últimos meses, Madonna tem participado nas noites de música pelas casas de fado de Alfama, passando, por exemplo, pela Casa de Linhares – onde assistiu a uma actuação de Vânia Duarte –, e pela Casa de Frades, onde cantou com Celeste Rodrigues – que chegou a convidar para passar o final do ano, em Nova Iorque. A fadista, que foi mais do que irmã de Amália, morreu esta semana aos 95 anos. A cantora já colocou a hipótese de o seu próximo álbum ter como inspiração a mistura de estilos musicais que ouve em Lisboa. “Chegou a altura de optar por uma abordagem diferente e voltar à beleza e à simplicidade da música, das letras e do intimismo”, disse em Setembro à Entertainment Weekly. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Em entrevista à Vogue, Madonna compara Lisboa a Cuba: “As pessoas não têm muito, mas abrem a porta de qualquer casa, vai-se a qualquer beco e ouve-se sempre música. ” A cantora sente que em Lisboa as pessoas colaboram simplesmente por amor à música, enquanto noutros países está mais habituada a ouvir “ligue para o meu manager, este é o meu preço”. “Costumo dizer que Portugal é governado por três Fs': fado, futebol e Fátima”, atira ainda Madonna, repetindo a icónica frase de Salazar.
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Entidades EUA
Demi Lovato sobre dependência: "Não é algo que desapareça com o tempo"
A cantora falou publicamente pela primeira vez, depois de ser internada de urgência há cerca de duas semanas. (...)

Demi Lovato sobre dependência: "Não é algo que desapareça com o tempo"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento -0.25
DATA: 2018-08-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: A cantora falou publicamente pela primeira vez, depois de ser internada de urgência há cerca de duas semanas.
TEXTO: Quase duas semanas após ter sido levada de urgência para o hospital – de acordo com vários meios devido a uma possível overdose –, Demi Lovato abordou pela primeira vez a situação de forma pública, com uma mensagem de agradecimento pelo apoio recebido, tanto pelos amigos e familiares como pelos fãs. “Sempre fui transparente em relação à minha jornada com a dependência. Esta doença não é algo que desapareça ou se desvaneça com o tempo. É algo que eu preciso de continuar a superar”, escreveu a cantora de 25 anos. “Preciso de melhorar e focar-me na sobriedade e no caminho da recuperação. O amor que todos me mostraram nunca será esquecido. ”Entre centenas de pessoas que partilharam mensagens de carinho para com a cantora, algumas celebridades mostraram-se também solidárias, inclusive a supermodelo Tyra Banks que lembrou que a “dependência não é uma escolha”. A cantora norte-americana luta há anos contra a dependência, distúrbios alimentares e bullying e em Março deste ano chegou a anunciar nas redes sociais que não consumia há seis anos. No entanto, em Junho lançou uma canção Sober, na qual cantava “já não estou sóbria”, dando a entender que tinha tido um relapso. Lovato começou a sua carreira no Disney Channel, com filmes como Camp Rock, e estava a meio da digressão para promover o seu sexto álbum Tell Me You Love Me.
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Palavras-chave doença cantora
Nuno Magalhães evita comentar fogo de Monchique para não se precipitar
Líder parlamentar do CDS preferiu manifestar "solidariedade máxima" com os "homens e mulheres" que estão a combater os fogos. (...)

Nuno Magalhães evita comentar fogo de Monchique para não se precipitar
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-08-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Líder parlamentar do CDS preferiu manifestar "solidariedade máxima" com os "homens e mulheres" que estão a combater os fogos.
TEXTO: O CDS-PP admitiu esta segunda-feira que "declarações antecipadas" podem ser precipitadas e remeteu para mais tarde uma avaliação sobre o combate aos incêndios, como o que afectou a serra de Monchique, distrito de Faro. "Como em tudo na vida, declarações antecipadas podem depois revelar-se precipitadas!", afirmou o líder parlamentar centrista, Nuno Magalhães, à margem de uma conferência de imprensa, no Parlamento, sobre a situação na CP, preferindo manifestar "solidariedade máxima" com os "homens e mulheres" que estão a combater os fogos. Questionado sobre a forma como está ser combatido o fogo em Monchique, que deflagrou na sexta-feira, Nuno Magalhães afirmou que "enquanto o incêndio não estiver circunscrito", o partido não fará "qualquer comentário público". "Depois cá estaremos nós para avaliar", disse. Este incêndio deflagrou cerca das 13h30 de sexta-feira, em Perna da Negra, no concelho de Monchique, já causou 24 feridos, um deles em estado grave, e estava a ser combatido no terreno, pelas 7h30, por 1. 017 operacionais, apoiados por 307 viaturas.
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Palavras-chave homens mulheres negra
Doentes psiquiátricos nas urgências de Coimbra ficam “dias a fio” a sopa, bolachas e leite
Um conjunto de 40 elementos do corpo clínico dos hospitais da Universidade de Coimbra denunciou a situação que atinge doentes com critérios para internamento compulsivo. Número de vagas tem vindo a diminuir e isso “atingiu um pico no final de 2018 aquando do encerramento da Psiquiatria Mulheres”. (...)

Doentes psiquiátricos nas urgências de Coimbra ficam “dias a fio” a sopa, bolachas e leite
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2019-07-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um conjunto de 40 elementos do corpo clínico dos hospitais da Universidade de Coimbra denunciou a situação que atinge doentes com critérios para internamento compulsivo. Número de vagas tem vindo a diminuir e isso “atingiu um pico no final de 2018 aquando do encerramento da Psiquiatria Mulheres”.
TEXTO: A denúncia foi feita pela Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) com base num abaixo-assinado firmado por perto de 40 elementos do corpo clínico: a falta de vagas para internamento de agudos de psiquiatria do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) está a deixar “dias a fio” no serviço de urgência doentes com critérios para internamento compulsivo. Os médicos lembram que o Centro de Responsabilidade Integrado (CRI) de Psiquiatria, como centro diferenciado, recebe “doentes para internamento por quadros clínicos de particular complexidade”. Esses “requerem tratamentos específicos que não podem ser assegurados pelos hospitais da sua área de residência”. E isso “é frequentemente prejudicado pela ausência de vagas e pelo sucessivo protelamento das intervenções de que carecem”. Segundo afirmam, enquanto aguardam por uma vaga no CRI de Psiquiatria, há doentes que ficam nas urgências “muito além do tempo limite”. Ficam ali “durante dias sucessivos”. E, enquanto isso, têm dificuldade em satisfazer as suas “necessidades básicas de higiene e alimentação”. Ingerem apenas sopa, bolachas, leite ou sumos. Alguns acabam por “desenvolver complicações orgânicas”. Grande parte do corpo clínico do serviço de Psiquiatria enviou um documento ao conselho de administração do CHUC a exigir “a adopção imediata das medidas necessárias”, desde logo aumentando as vagas, e a declinar “toda e qualquer responsabilidade” derivada daquela e de outras “insuficiências”. É este documento, assinado por perto de 40 profissionais e datada de 26 de Junho, que leva a Ordem a agir. O problema seria previsível. O número de camas destinadas a internamento tem vindo a diminuir, de forma progressiva. Como explica o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, na comunicação divulgada nesta segunda-feira, “atingiu um pico no final de 2018 aquando do encerramento da Psiquiatria Mulheres”. É que os chamados “blocos de Celas” foram em Outubro afectados pela tempestade Leslie. Tentado compensar essa perda, recorreu-se ao Internamento Masculino dos Hospitais da Universidade de Coimbra e ao Pavilhão 2 do Hospital Sobral Cid, o que implicou perder uma sala de convívio, ter quartos sobrelotados e, mesmo assim, perder seis vagas. Desde essa altura, “face à carência por vezes grave de camas, há doentes com patologia psiquiátrica que, por permanecerem há demasiado tempo no serviço de urgência, são internados noutras enfermarias, sem os devidos cuidados especializados”. “Este é um grito de alerta para uma realidade desumana, pois resulta em graves consequências para os doentes”, diz. “O CHUC tinha um centro de referência nacional na área da psiquiatria que está a ser gradualmente destruído”, prossegue. “O conselho de administração deveria valorizar a excelência do trabalho realizado pelos profissionais na área da saúde mental e não estar a pôr em causa a própria dignidade dos doentes”. Alegando que “a ministra da Saúde não pode pactuar com esta grave falta de acesso a cuidados de saúde e a sua gradual desumanização”, Costa Cortes defende que “é urgente devolver vagas de internamento de agudos, pelo menos em número igual ao existente em 2018, e reverter o grave retrocesso de que é alvo o serviço de psiquiatria”. O Ministério da Saúde, pelo menos para já, remete para o CHUC. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Contactado pelo PÚBLICO, o CHUC esclarece que as pessoas não estão nas urgências comuns, nem nos corredores. Em 2009, com a urgência psiquiátrica central da região centro situada nos hospitais da Universidade de Coimbra, criou-se “uma sala de observações específica para manter doentes antes da sua orientação para alta ou internamento nos vários hospitais”. Desde Junho, procura-se alterar essa prática. Evita-se que fiquem “doentes mais de 24 horas nessa área”. Na resposta que enviou por escrito, afirma que a falta de vagas está a ser resolvida com “a melhoria dos tempos de internamento” e que “o internamento noutros serviços tem sido esporádico”. Por telefone, a responsável pela comunicação assegura que tal tem acontecido apenas nas “situações mais leves”. Admite que a capacidade de internamento para doentes do sexo feminino foi atingida pelo furacão Leslie. Garante, porém, que “a situação será revertida com uma reestruturação prevista do internamento nos hospitais da Universidade de Coimbra, onde se concentrará a totalidade do internamento de agudos”.
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Palavras-chave sexo mulheres corpo
"Negociar o quê, não há planeta B!" O grito de mil pessoas na Marcha do Clima
Portugueses e estrangeiros, homens, mulheres e famílias inteiras participaram na Marcha pelo Clima em Lisboa. Esta é uma iniciativa global que se realizou em 800 cidades de 80 países — como Paris, Lima ou Nova Iorque. (...)

"Negociar o quê, não há planeta B!" O grito de mil pessoas na Marcha do Clima
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-10-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Portugueses e estrangeiros, homens, mulheres e famílias inteiras participaram na Marcha pelo Clima em Lisboa. Esta é uma iniciativa global que se realizou em 800 cidades de 80 países — como Paris, Lima ou Nova Iorque.
TEXTO: Se a conferência sobre alterações climáticas na Universidade do Porto, com oradores que negam a influência humana no aumento do CO2 na atmosfera, conseguiu reunir 100 pessoas no dia de arranque, a Marcha Mundial do Clima, que se realizou neste sábado, conseguiu mais de um milhar de pessoas só em Lisboa. Para além da capital, marchou-se em simultâneo no Porto, em Faro e em 800 cidades de 80 países — como Paris, Lima ou Nova Iorque. Em Portugal, o pedido ouviu-se em uníssono: “Deixem o petróleo debaixo do solo”, exigiram os manifestantes a plenos pulmões. As prospecções de furos petrolíferos em Aljezur e em Aljubarrota marcaram a agenda do dia e puseram a tónica na forte dependência dos combustíveis fósseis da economia portuguesa. Maria João Alves, parte da direcção da associação SOS Salvem o Surf, uma das 40 associações presentes nesta marcha, afirmou, em conversa com o PÚBLICO, que investir nas energias fósseis, tal como se prevê com a aposta nos furos ao largo da costa portuguesa, “não faz qualquer sentido” e é um “retrocesso”. “Não há nenhuma razão que justifique esta opção, que é claramente política e está sujeita aos interesses das grandes multinacionais”, conta. “O que nos interessa enquanto país é ser pioneiro do ponto de vista climático – ser um país que se auto-sustenta e auto-suporta em termos energéticos” através de energias limpas, conclui. Falando ao PÚBLICO antes do início da marcha, Maria João Alves confessou ter dois grandes objectivos para esta intervenção. Um deles é “ver a sociedade portuguesa a sair da apatia diária e colectiva em que se mantém”. O outro é “dar mais um contributo para os inputs [contributos] da 350. org”, uma plataforma que fará chegar pedidos e exigências à Global Climate Action Summit, cimeira a decorrer em São Francisco, nos Estados Unidos, entre 12 e 14 de Setembro. Esta Marcha Mundial do Clima começou de forma tímida, com cerca de duas centenas de pessoas reunidas frente ao rio Tejo, no Cais do Sodré. Entre elas estava Terry, uma californiana reformada a viver em Cascais há cinco anos, acompanhada pelo seu grupo de amigos. Não é novata nas lides do activismo ambiental: “Há anos que lutamos contra isto e continuamos”. E foi a protecção do ambiente que pesou na decisão de não ter filhos, há já várias décadas: “Em 1976 decidi não ter filhos por causa da sobrepopulação. ”Não muito longe, também Louise, uma francesa de 27 anos, esperava o início da marcha com as amigas. Trabalha na área do ambiente e está de visita a Portugal. O envolvimento nesta marcha em Lisboa não foi planeado: “Estávamos a passar por aqui e juntámo-nos. Como não vamos poder fazer a marcha em França, vamos fazê-la aqui. ”O relógio aproximava-se das 18h quando a marcha saiu do Cais do Sodré. Por essa altura, já largas centenas de pessoas se tinham juntado ao protesto. Portugueses e estrangeiros, homens, mulheres e famílias inteiras. Erguiam-se bandeiras coloridas e cartazes onde se lia “Dá prioridade aos renováveis” ou “Não ao Furo”. Nas lapelas, luziam pins e nos cabelos, flores brancas. Do Cais do Sodré, os ambientalistas rumaram até à rua do Ouro (que encheram parcialmente), entrada privilegiada para o destino final, nos Restauradores. “Negociar o quê, não há planeta B” e “Descarbonização sim é a solução” eram dois dos pedidos mais repetidos. Entre a massa de gente, estavam Pedro, engenheiro civil, e Gonçalo, programador, com as suas bicicletas. Marcharam por estarem “preocupados com o futuro do planeta”. “É uma situação absurda porque ainda hoje temos de pedir para não explorarem o petróleo”, continua Pedro. E fazem o que podem para travar a dependência dos combustíveis fósseis no seu dia-a-dia, usando a bicicleta enquanto meio de transporte principal. “Quando não se tem carro em casa é fácil”, brinca Gonçalo. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Já passava das 19h quando a marcha chegou finalmente ao Rossio. Em cima da estátua de D. Pedro IV colocaram-se alguns cartazes: um deles com uma mensagem para António Costa, apontando inconsistências na descarbonização; outra endereçada a Donald Trump, um confesso negacionista das alterações climáticas, que decidiu retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris, um compromisso internacional sobre assinado em 2015 as emissões de dióxido de carbono para a atmosfera. Em jeito de encerramento, repetiram-se os principais objectivos desta marcha — desta vez pela voz de Ana Matias, da Plataforma Algarve Livre de Petróleo: “Não vão furar, mas isto ainda não acabou. Não queremos furos nem em Aljezur, nem Aljubarrota, nem em lado nenhum”.
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Partidos LIVRE
Portugal exige pedido de desculpas a Dijsselbloem cara a cara
Secretário de Estado Mourinho Félix e o presidente do Eurogrupo falaram sobre a polémica expressão “copos e mulheres”. Dijsselbloem diz-se chocado com a reacção portuguesa. Vai continuar o mandato. (...)

Portugal exige pedido de desculpas a Dijsselbloem cara a cara
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-05-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Secretário de Estado Mourinho Félix e o presidente do Eurogrupo falaram sobre a polémica expressão “copos e mulheres”. Dijsselbloem diz-se chocado com a reacção portuguesa. Vai continuar o mandato.
TEXTO: Um aperto de mão e 30 segundos de conversa agridoce: imediatamente antes de começar a reunião do Eurogrupo desta sexta-feira, o secretário de Estado das Finanças português, Ricardo Mourinho Félix, e o presidente do Eurogrupo protagonizaram uma curta troca de palavras sobre a polémica entrevista em que Jeroen Dijsselbloem falou em “copos e mulheres”, com cada um a vincar a sua posição cara a cara. Mourinho Félix (a representar Portugal em substituição do ministro das Finanças, Mário Centeno) exigiu um pedido de desculpas, Dijsselbloem prometeu dizer alguma coisa sobre o assunto, mas afirmou imediatamente ter ficado chocado com a reacção de Portugal à sua entrevista. A conversa cara a cara foi captada pelas câmaras de televisão portuguesas no momento que antecedeu o arranque da reunião dos ministros das Finanças da zona euro, que desta vez decorre em La Valletta, Malta. Mourinho Félix e Jeroen Dijsselbloem cumprimentam-se e começam a conversar. É o governante português quem inicia o diálogo: “Quero dizer-lhe que foi profundamente chocante aquilo que disse dos países que estiveram sob resgate. E gostaríamos que pedisse desculpas perante os ministros e a imprensa. ”Dijsselbloem reage ao desafio. Durante alguns segundos, os dois mantêm a mão apertada enquanto conversam, mas não quando o ministro holandês começa a falar. “Eu vou dizer alguma coisa sobre isso… Mas a reacção de Portugal também foi chocante. . . ”, atira. “Bom…”, comenta o secretário de Estado das Finanças, enquanto o presidente do Eurogrupo continua a responder: “Não lhe vou exigir um pedido de desculpas, mas vou dizer alguma coisa. ” A conversa termina por ali. O vídeo foi transmitido pela TVI. O que se seguiu na reunião que junta à mesa estão os responsáveis das Finanças de cada país da moeda única soube-se na versão contada no final pelos dois protagonistas. “Nenhum ministro se manifestou [sobre o assunto]”, revelou Mourinho Félix, contando em declarações transmitidas na RTP3 que o líder do Eurogrupo abordou a questão para lamentar “as palavras que tinha escolhido e que não tinha como objectivo ofender ninguém”. Na conferência de imprensa final, a questão acabou por ser abordada pelo ministro holandês das Finanças, que reafirmou que vai prosseguir o mandato (com fim em Janeiro de 2018), independentemente da pressão de países como Portugal e Espanha e de grupos parlamentares do Parlamento Europeu – do Partido Popular Europeu aos próprios socialistas e sociais-democratas, a família política do ministro holandês – para que dê lugar a outro responsável. Dijsselbloem defende-se, escudando-se no facto de nenhum ministro ter falado sobre o tema durante a reunião de hoje. “Poderemos supor que receberam bem a minha declaração [desta sexta-feira] sobre esse assunto. ” “A escolha de palavras magoou algumas pessoas e isso, claro, lamento profundamente. Foi assim que comecei a reunião. ” Quando chegou a vez de os ministros falarem, “ninguém pediu uma demissão”, salientou. Aos jornalistas reafirmou o que diz ser a essência da mensagem que quis transmitir na entrevista ao jornal alemão. “É crucial que tenhamos solidariedade. Houve solidariedade nos anos de crise de forma muito correcta. E, seguindo em frente, é crucial que todos nós respeitemos ao máximo os acordos e enquadramentos prévios”, afirmou em Malta. À entrada do encontro Dijsselbloem já tinha deixado claro que é a sua intenção manter-se à frente do Eurogrupo. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. “Só sei de duas coisas: ainda sou ministro das Finanças da Holanda e presidente do Eurogrupo e que o meu mandato no Eurogrupo acaba em Janeiro”, afirmou aos jornalistas, citado pela Lusa a partir de La Valletta. Quando foi questionado sobre se tem intenção de sair, Dijsselbloem rejeitou-a: “Certamente que não. ”Depois da queda eleitoral do seu partido (trabalhista) nas últimas legislativas holandesas e da polémica entrevista ao jornal alemão, a pressão para Dijsselbloem se afastar do cargo voltou a fazer-se sentir. Segundo a Lusa, à chegada ao Eurogrupo, o ministro das Finanças espanhol, Luis de Guindos, considerou as declarações do holandês “desadequadas, em termos de conteúdo e forma”. E também exigiu uma explicação. Nos bastidores intensificam-se as movimentações para ser escolhido um novo responsável. De Guindos é um dos nomes referidos. O primeiro-ministro português já confirmou que Centeno terá sido sondado, mas essa é uma hipótese que António Costa exclui, com o argumento de que Portugal não está numa posição de poder assumir o lugar. À Renascença defendeu esta semana que o país precisa neste momento de uma “margem maior de liberdade [de negociação] no âmbito do Eurogrupo”.
REFERÊNCIAS:
Partidos Partido Popular Europeu
PGR: "razões" para não ter razão
A democracia é tão mais saudável quanto é mais amplo o leque de escolhas que oferece, sem ficar refém da sombra de homens (ou mulheres) providenciais. (...)

PGR: "razões" para não ter razão
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.017
DATA: 2018-10-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: A democracia é tão mais saudável quanto é mais amplo o leque de escolhas que oferece, sem ficar refém da sombra de homens (ou mulheres) providenciais.
TEXTO: Tendo em conta a ambiguidade da norma constitucional sobre a duração do mandato do procurador-geral da República e a hipótese da sua renovação, Joana Marques Vidal (J. M. V. ) poderia ter sido reconduzida por excelentes razões – a notável independência de que deu provas na actuação do Ministério Público face às pressões reais ou insidiosas de outros poderes –, apesar das reservas que suscitava – nomeadamente os ostensivos casos de violação do segredo de Justiça, capitalizados pelo sensacionalismo mediático e os chamados julgamentos na praça pública, que J. M. V. nunca foi capaz de contrariar. Só que se conjugaram dois factores opostos para que essa recondução não tivesse acontecido: por um lado, a pressão político-partidária das correntes da direita, do justiceirismo populista e do tal sensacionalismo mediático, querendo forçar a mão do primeiro-ministro e do Presidente da República; por outro, a recusa de Costa e Marcelo em se tornarem reféns dessa pressão, depois de um tempo em que deixaram arrastar a tomada de uma decisão. Precisamente, foi quando se deu quase por adquirido, através de media influentes, que J. M. V. sucederia a si mesma, que aconteceu a surpresa e Lucília Gago foi anunciada como nova procuradora-geral. Convenhamos: o arrastamento do processo – depois de a ministra da Justiça ter deixado trair, há já alguns meses, a sua preferência pela hipótese de um mandato não renovável da procuradora – criou um ambiente propício às especulações, intrigas e suspeitas alimentadas nos bastidores políticos, exploradas pela imprensa e exacerbadas por alguns agentes do maniqueísmo panfletário. Ora, essa poluição da atmosfera política, proporcionada também por uma exasperante falta de transparência, colocou Costa e Marcelo perante a necessidade de recorrer a um xeque-mate que os libertasse da imposição de voltarem a escolher J. M. V. . Foi o que aconteceu, para além das intenções não confessadas de qualquer um deles. E ambos puderam, assim, até pela escolha de um nome largamente consensual e respeitado como Lucília Gago, manter o respeito pelas normas vigentes e não submetê-las a um critério de avaliação política (como teria acontecido se J. M. V. se mantivesse no cargo). Independentemente dos segundos sentidos destas manobras tácticas, pode dizer-se que a democracia é tão mais saudável quanto é mais amplo o leque de escolhas que oferece, sem ficar refém da sombra de homens (ou mulheres) providenciais. Mas há uma razão suplementar e decisiva que acaba por justificar, a posteriori, a decisão de Costa e Marcelo. Foi o coro de reacções histéricas que, para além das discordâncias naturais, fundamentadas e serenas, se fizeram ouvir contra essa decisão, deixando cair a máscara do enviesamento político-partidário a que se chegou em Portugal e atingiu as raias do populismo mais frenético. "Eles atreveram-se", "Noite das facas longas do regime", "Não me venham com tretas": expressões como estas, acompanhando as teorias da conspiração que associam estritamente o fim do mandato de J. M. V. a um propósito vingativo contra quem mandou investigar José Sócrates, Ricardo Salgado, Manuel Vicente ou o Benfica, são sinais reveladores dessa histeria populista que pretende explorar os instintos mais baixos e o cinismo mais rudimentar da chamada populaça contra a normal sucessão institucional de uma respeitada procuradora por outra procuradora igualmente respeitada. São "razões" típicas de quem não tem razão e que acabam por voltar-se contra quem se serve delas para acicatar recalcamentos, frustrações e saudades de uma "pureza" autoritária que nos lavaria da mancha infamante de sermos todos corruptos ou cúmplices da corrupção.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens violação mulheres
Este ano, ninguém paga bilhete no ZigurFest
Festival regressa a Lamego de 29 de Agosto a 1 de Setembro. David Bruno, Scúru Fitchádu e Vaiapraia e as Rainhas do Baile estão confirmados. (...)

Este ano, ninguém paga bilhete no ZigurFest
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-07-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Festival regressa a Lamego de 29 de Agosto a 1 de Setembro. David Bruno, Scúru Fitchádu e Vaiapraia e as Rainhas do Baile estão confirmados.
TEXTO: O ZigurFest leva este ano até Lamego nomes como David Bruno, Scúru Fitchádu ou Vaiapraia e as Rainhas do Baile, numa edição do festival totalmente gratuita e com parque de campismo garantido por aquele município do distrito de Viseu. O festival vai decorrer de 29 de Agosto a 1 de Setembro, estendendo-se, como é norma, por toda a cidade de Lamego, nomeadamente por espaços como o Teatro Ribeiro Conceição, a Olaria, o Castelo ou a Alameda. Pela primeira vez, em oito anos de história do festival, o ZigurFest "será totalmente gratuito e com parque de campismo providenciado pela Câmara Municipal [de Lamego]", anunciou a organização, em nota de imprensa enviada à agência Lusa. O acesso ao parque de campismo é limitada aos lugares existentes, sendo necessária uma inscrição prévia. No festival, dedicado à divulgação e promoção da nova música portuguesa, participam este ano David Bruno, produtor e membro do grupo de hip-hop portuense Conjunto Corona, os Scúru Fitchádu, banda liderada por Sette Sujidade que propõe um cruzamento entre o punk e o funaná, ou os Vaiapraia e as Rainhas do Baile, colectivo que alinha "a pop punk simultaneamente mais doce e aguerrida". O programa conta ainda com o house da dupla Terra Chã, constituída por Fabrizio Reinolds e Ricardo Fialho, os Savage Ohms, Moon Preachers e Bardino. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. O restante cartaz para a edição deste ano será anunciado no início de Julho, refere a organização. Recorda aqui a edição do ano passado:
REFERÊNCIAS:
Tempo Julho Setembro Agosto