2019: Uma Igreja com antigos e novos desafios
Entre mulheres e homens, jovens e adultos, não há falta de vocações nas comunidades católicas para que toda a Igreja responda à sua missão. (...)

2019: Uma Igreja com antigos e novos desafios
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.118
DATA: 2019-03-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Entre mulheres e homens, jovens e adultos, não há falta de vocações nas comunidades católicas para que toda a Igreja responda à sua missão.
TEXTO: 1. Diz-se que este Papa devia estar caladinho acerca de economia e política, para as quais não tem nem competência reconhecida nem mandato divino ou humano. A economia e a política do Estado do Vaticano não têm dimensão para merecerem qualquer relevância a nível mundial. As referências a escândalos financeiros da banca vaticana tiveram muito eco na opinião pública por que manchavam uma instituição que devia dedicar-se à promoção da virtude, da santidade, da justiça, mas nunca à corrupção. A atribuição da responsabilidade da pedofilia clerical ao actual Pontífice Romano é a cruz que os seus inimigos lhe puseram aos ombros para não terem de se confrontar com as reformas que ele procurou e procura introduzir na Igreja, a todos os níveis. Outros acusam-no de não enfrentar a questão mais fácil de resolver e a mais urgente: a abertura dos ministérios ordenados a homens casados e a mulheres. Quanto aos homens casados, diz-se na Igreja Católica que não há questões teológicas que impeçam a sua ordenação, mas continua-se a recusá-la. Dado o crescente e activo papel das mulheres no mundo contemporâneo, as religiões que não souberem acolher as suas capacidades de serviço e liderança vão pagar caro a sua miopia. Afirma-se com frequência, no seio do catolicismo, que existem problemas de carácter doutrinal quanto ao acesso das mulheres ao sacramento da Ordem: a Igreja não se julga autorizada a modificar uma omissão ancestral baseada no silêncio do Novo Testamento (NT). Nunca, porém, se coibiu de tomar posição sobre assuntos, até de ordem dogmática, de que o NT não fala explicitamente. Pano para mangas. Seja como for, a situação dos ministérios ordenados na Igreja Católica está envenenada por um problema básico de catequese que condiciona todos os outros: o mau uso da palavra Igreja. Apesar de todos os esforços, sobretudo depois do Vaticano II, para não confundir essa designação com a hierarquia eclesiástica, essa confusão tem resistido a todos os esforços de esclarecimento. 2. A Igreja Católica é o conjunto dos católicos com serviços hierarquizados para tornar visível e concreta a missão de Cristo no mundo e para alimentar a vida interna das comunidades. Não há um baptismo para homens e outro para mulheres, como já escrevi várias vezes. É ele que significa e realiza o começo do que é fundamental no cristianismo. Tudo o resto é para ajudar este caminho. Enquanto isto não entrar na consciência, no vocabulário e na prática eclesial, continuaremos a não entender nem a missão da Igreja nem o papel e as modalidades dos ministérios ordenados de que precisa. Sem ter isto em conta, não é possível compreender a resistência que existe, na hierarquia, para modificar o actual regime dos ministérios ordenados na Igreja. Continuaremos no absurdo: exige-se a certas comunidades religiosas a celebração diária da Eucaristia, quando, em muitos países, já não há padres para o exercício pastoral das paróquias e movimentos. A própria distribuição do clero não pode ser muito consequente porque não tem clero para distribuir. Os padres também envelhecem e morrem. Na Europa, os que se apresentam como candidatos já nem como remendos conseguem responder às urgências!O ridículo da questão é o seguinte: entre mulheres e homens, jovens e adultos, não há falta de vocações nas comunidades católicas para que toda a Igreja responda à sua missão. Falta, entre outras decisões, alterar o seu estatuto actual. Não cabe na cabeça de ninguém que as comunidades cristãs europeias não possam gerar os serviços de que precisam. Criam-se obstáculos canónicos, como se fossem divinos, para não resolver o que pode ser resolvido sem drama. O grande teólogo dominicano, o flamengo Edward Schillebeeckx, sofreu três processos romanos acerca da sua teologia. O último foi sobre os ministérios eclesiais (1984). Com palavras mansas, o cardeal Ratzinger deu por encerrado o debate sem qualquer condenação, mas depois publicou no L’ Osservatore romano uma nota dedicada ao povo cristão. Nela declara que para a Congregação da Doutrina da Fé subsistem na posição do teólogo referido alguns pontos de desacordo sobre a Doutrina Oficial da Igreja. Não diz, porém, que a sua doutrina esteja em oposição com a fé. Não foi elegante este processo, mas levou Schillebeeckx à seguinte conclusão: moveram-me três processos. Não fui condenado em nenhum. Era um teólogo feliz [1]. Schillebeeckx morreu, Ratzinger está vivo e vigilante. Não é fácil para o Papa Francisco proceder à revisão desse processo. Vai sendo tempo de convocar teólogas e teólogos para retomarem uma questão clamorosa que só por artifícios pode ser abafada. É um desafio a assumir nos próximos anos, a começar em 2019. 3. Regressemos ao ponto 1. Dir-se-á, e é verdade, que a problemática até aqui abordada refere-se a questões de funcionamento interno da Igreja, mas esta não existe para si mesma. Não pode ser auto-referente. Deve renascer continuamente para a missão. O Vaticano II (1962-1965) não quis cingir-se a questões de funcionamento interno. A Constituição Pastoral Gaudium et Spes é sobre a Igreja no mundo contemporâneo, não é sobre a Igreja nas sacristias actuais. Afirma literalmente: as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo. Não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração. Não interessa, neste momento, analisar a história dos seus ziguezagues desde há 50 anos. O Papa Francisco resolveu apresentar o programa do seu pontificado – O Evangelho da Alegria (EG) – em linha recta com um Concílio em que não tinha participado. Por essa razão, ligou a questão do anúncio do Evangelho com um novo olhar sobre a economia e a política actuais, sabendo que ia causar problemas. "Se alguém se sentir ofendido com as minhas palavras, saiba que as exprimo com estima e com a melhor das intenções, longe de qualquer interesse pessoal ou ideologia política. A minha palavra não é a dum inimigo nem a dum opositor. A mim interessa-me apenas procurar que, quantos vivem escravizados por uma mentalidade individualista, indiferente e egoísta, possam libertar-se dessas cadeias indignas e alcancem um estilo de vida e de pensamento mais humano, mais nobre, mais fecundo, que dignifique a sua passagem por esta terra" [2]. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Do resto falaremos no próximo Domingo. Bom ano[1] Edward Schillebeeckx, Je suis un théologien heureux, Cerf, Paris, 1995, pp 67-7[2] EG 208
REFERÊNCIAS:
Religiões Cristianismo
Morreu William Goldman, o homem que nos fez seguir o dinheiro
O argumentista de filmes como Dois Homens e um Destino, Os Homens do Presidente ou A Princesa Prometida morreu esta sexta-feira em Manhattan. Tinha 87 anos. (...)

Morreu William Goldman, o homem que nos fez seguir o dinheiro
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-12-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: O argumentista de filmes como Dois Homens e um Destino, Os Homens do Presidente ou A Princesa Prometida morreu esta sexta-feira em Manhattan. Tinha 87 anos.
TEXTO: "Siga o dinheiro". Estas palavras, atribuídas ao informador Garganta Funda, não aparecem nos artigos nem nas notas que Carl Bernstein e Bob Woodward escreveram sobre o Watergate. Mas ficaram para a História em Os Homens do Presidente, filme que Alan J. Pakula realizou em 1976, com Dustin Hoffman e Robert Redford nos papéis dos dois jornalistas do Washington Post que investigaram, na sequência da entrada de elementos do Partido Republicano nas instalações do Partido Democrata, os abusos de poder da Administração Nixon. Foram escritas pelo argumentista William Goldman, que recebeu um Óscar por esse argumento. Goldman morreu esta sexta-feira, na sua casa em Manhattan, Nova Iorque, aos 87 anos, vítima de complicações causadas pelo cancro do colón e pneumonia. O próprio Washington Post deu a notícia, citando como fonte a filha do argumentista, Jenny Goldman. Não foram as únicas palavras que Goldman, que nasceu em Highland Park, no Illinois, em 1931, escreveu, obviamente. Ele foi altamente prolífico: vários filmes importantes foram feitos a partir de guiões assinados por si, elevando-o a um estatuto que raros argumentistas atingiram em Hollywood. De Dois Homens e um Destino, a história de Butch Cassidy e o Sundance Kid realizada por George Roy Hill em 1969, com Paul Newman e Robert Redford, que lhe valeu um Óscar de Melhor Argumento Original, a A Princesa Prometida, realizado por Rob Reiner em 1987 e adaptado de um romance do próprio Goldman, fantasia pós-moderna com princesas, piratas, aldrabões e André the Giant contada por Peter Falk ao seu neto doente, a marca que o argumentista deixou foi imensa e a sua fama tanta que há um rumor antigo em Hollywood de que foi ele e não Matt Damon e Ben Affleck quem assinou o oscarizado guião de O Bom Rebelde, de Gus Van Sant - o que Goldman sempre negou. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Foi dele, por exemplo, o guião, mais uma vez adaptado de um livro seu, de O Homem da Maratona, filme de John Schlesinger de 1976, fonte de uma das mais famosas histórias de Hollywood. Durante a rodagem, Dustin Hoffman, actor do Método, terá ficado acordado noites a fio para filmar cenas de tortura. O britânico Laurence Olivier, sem paciência para tais acções, ter-lhe-á perguntado: "Por que é que não tenta só representar?"Redford era um actor recorrente na sua obra, tendo protagonizado também filmes como o assalto a um museu de O Grande Golpe, de Peter Yates, lançado em 1972. Goldman também voltaria a trabalhar memoravelmente com Reiner, adaptando O Capítulo Final, de Stephen King, para cinema, - um filme com James Caan e Kathy Bates, em 1990. Entre outras adaptações de livros que não eram seus, também assinou a de Mulheres Perfeitas, a partir do livro homónimo de terror satírico de Ira Levin, para Bryan Forbes. Entre as numerosas publicações extra-cinematográficas de William Godman contam-se romances, livros de memórias ou entrevistas sobre Hollywood, o guionismo e a indústria cinematográfica, como Adventures in the Screen Trade, de 1983 (donde saiu a famosa citação "ninguém sabe nada"), ou Which Lie Did I Tell?, do ano 2000, entre muitos outros, bem como peças de teatro e histórias para crianças.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens filha homem mulheres princesa assalto
CDU propõe observatório europeu para a igualdade no trabalho
João Ferreira especificou que o observatório teria como missão monitorizar a aplicação de medidas para garantir a igualdade salarial, o combate ao assédio moral e o respeito pelos direitos de parentalidade. (...)

CDU propõe observatório europeu para a igualdade no trabalho
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2019-05-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: João Ferreira especificou que o observatório teria como missão monitorizar a aplicação de medidas para garantir a igualdade salarial, o combate ao assédio moral e o respeito pelos direitos de parentalidade.
TEXTO: Num mundo ideal, homens e mulheres teriam direitos iguais no mundo do trabalho. Porém, a realidade está ainda muito longe disso, pelo menos em Portugal e em boa parte dos Estados-membros da União Europeia. Por isso os eurodeputados da CDU vão propor, na próxima legislatura no Parlamento Europeu, a criação de um observatório europeu para a igualdade no local de trabalho para acompanhar a concretização de medidas nos vários países. O anúncio foi feito por João Ferreira durante uma arruada na Baixa de Coimbra. Aos jornalistas, o candidato especificou que a intenção é que este observatório acompanhe a concretização de políticas que promovam o princípio de que a um trabalho igual tem que corresponder um salário igual, assim como o combate ao assédio moral no trabalho e o efectivo respeito pelos direitos de maternidade e de paternidade. Ao contrário do observatório sobre a seca - que a CDU quer em Portugal -, este pode ser instalado em qualquer país da UE e a ideia é que se perceba as diferenças (algumas abissais) entre os diversos Estados nestas matérias, de forma a ajudar a “puxar” para cima aqueles onde a situação é menos benéfica para as mulheres. Ou seja, “aprender com as boas práticas existentes em alguns Estados-membros” - e neste assunto os países nórdicos têm muito a ensinar aos restantes. João Ferreira lembrou que em Portugal há uma “desigualdade muito acentuada na média salarial” entre homens e mulheres e nestas últimas é maior a incidência de baixos salários. Essa situação tem reflexos nas pensões e reformas que são depois, obviamente, também mais baixas. O candidato insistiu na necessidade de alargar os direitos de parentalidade, aumentando as licenças de maternidade e de paternidade tanto na duração como na remuneração. Os comunistas têm proposto sucessivamente o alargamento da licença da mãe para os seis meses pagos a 100% e do tempo obrigatório do pai para os 30 dias. Estas propostas foram recentemente chumbadas no grupo de trabalho da parentalidade na Assembleia da República. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. A passagem pela Baixa de Coimbra da comitiva com cerca de uma centena de apoiantes foi acompanhada pela música de uma gaita-de-foles que interpretava conhecidos fados de Coimbra. A arruada terminou no largo da câmara municipal e João Ferreira discursou mesmo de frente para o edifício onde a CDU tem um vereador que recebeu pelouros do presidente socialista Manuel Machado. O PS conseguiu cinco eleitos em 2017 e com o vereador comunista consegue maioria absoluta. João Ferreira focou-se sobretudo em falar sobre as medidas que o PCP e o PEV (que compõem, com a ID, a CDU) conseguiram aprovar no Parlamento nacional como a reposição dos dias feriados, o fim dos cortes nas pensões, e nos salários da função pública, a “redução ligeira dos impostos sobre o trabalho” - fruto do fim da sobretaxa no IRS e o aumento dos escalões do IRS. Mas, claro, também falou dos “problemas que ainda não tiveram resposta” como o salário mínimo que continua baixo e os constrangimentos na legislação laboral.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PCP PEV
Homem que agrediu mulher nas ruas de Paris condenado a prisão
O homem assediou e depois agrediu a jovem de 22 anos. O momento ficou registado nas câmaras de segurança de um café. Foi condenado a seis meses de prisão e ao pagamento de uma multa. (...)

Homem que agrediu mulher nas ruas de Paris condenado a prisão
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-10-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: O homem assediou e depois agrediu a jovem de 22 anos. O momento ficou registado nas câmaras de segurança de um café. Foi condenado a seis meses de prisão e ao pagamento de uma multa.
TEXTO: O homem que agrediu uma mulher nas ruas de Paris, depois de a assediar sexualmente, vai ser condenado a seis meses de prisão. Terá ainda de pagar uma multa de 2 mil euros, estipulou um tribunal francês. A agressão aconteceu a 24 de Julho. Marie Laguerre, de 22 anos, estava a caminho de casa quando o homem se dirigiu a ela com comentários obscenos e degradantes, fazendo "sons com conotações sexuais". Laguerre mandou-o calar. O homem, insatisfeito com a resposta, atirou-lhe um cinzeiro que tirou de uma das mesas da esplanada pela qual passavam. Depois de uma troca de palavras, o homem foi atrás dela e bofeteou-a e afastou-se tranquilamente. Algumas das pessoas que estavam na esplanada levantaram-se e confrontaram o indivíduo em defesa da jovem. O homem continuou a caminhar, voltando a adoptar uma postura agressiva quando enfrentado pelas testemunhas da agressão. Depois disso, Marie Laguerre foi à polícia e formalizou a denúncia da agressão. Além disso, todo o episódio ficou registado nas câmaras de segurança da esplanada café, junto ao qual decorreu o episódio. A jovem partilhou as imagens nas redes sociais e o vídeo ganhou uma dimensão internacional. Com a partilha do vídeo, a jovem explicava que “não foi a primeira vez” e que naquele dia se sentiu farta de ser assediada e respondeu. O Ministério Público francês abriu inquérito e esta quinta-feira o resultado do julgamento foi conhecido. Firas M. , como foi identificado em tribunal, foi acusado de agressão agravada e recurso a um objecto usado como arma (o cinzeiro). Não respondeu ao crime de assédio sexual pois a aprovação da lei francesa que considera crime o assédio foi posterior ao episódio. O projecto lei contra a violência sexual e sexista foi aprovado pelo Parlamento Francês em Agosto deste ano, semanas depois do episódio contra Laguerre. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. “A minha cliente queria uma punição, mas não queria um castigo muito pesado”, explicou a advogada da jovem, Noemie Saidi-Cottier, cita a Reuters. “Se ele não o repetir, então ela [Marie Laguerre] já sente que ganhou”, vincou. Para além da pena de prisão e o arguido vai ainda receber tratamento contra a dependência de drogas e álcool. Semanas depois da agressão, Marie Laguerre criou o site NousToutesHarcèlement, uma plataforma que recolhe relatos de vítimas de assédio na rua, trabalho e até na esfera privada das vítimas.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime lei violência tribunal mulher prisão homem sexual assédio
Hospitais devem retirar objectos alusivos à infância ou religião nas consultas de aborto
A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) recomenda aos hospitais públicos que retirem dos gabinetes onde atendem mulheres para interrupção voluntária da gravidez objectos que possam interferir com a escolha das utentes. (...)

Hospitais devem retirar objectos alusivos à infância ou religião nas consultas de aborto
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) recomenda aos hospitais públicos que retirem dos gabinetes onde atendem mulheres para interrupção voluntária da gravidez objectos que possam interferir com a escolha das utentes.
TEXTO: Esta é uma das recomendações que resultou da inspecção realizada no ano passado a 22 estabelecimentos de saúde que realizam abortos por opção da mulher até às 10 semanas de gravidez, que a legislação em vigor há quatro anos veio permitir. No relatório da IGAS, é recomendado que objectos alusivos à infância ou do foro religioso sejam removidos dos gabinetes médicos e de apoio psicológico e social onde é prestado atendimento a estas utentes. A inspecção diz ainda que as unidades de saúde devem criar um telefone directo para a consulta hospitalar da interrupção voluntária da gravidez (IVG), “facilitando o cumprimento dos prazos legais”. Deve ainda existir um contacto disponível de um profissional de saúde, em horário útil, para esclarecer possíveis dúvidas “durante todo o processo de IVG, minimizando o recurso desnecessário ao serviço de urgência”. A IGAS diz ainda que a Direcção Geral da Saúde deve actualizar a informação disponível na Internet relativamente à consulta de IVG, com indicação dos dias, horários da consulta e profissionais de saúde adstritos. Apesar das recomendações, a inspecção reconhece que o sistema público tem procurado dar resposta para “a realização de um aborto seguro”, mesmo com a escassez de recursos e com o “elevado número de profissionais” que se declararam objectores de consciência. Ainda assim, a inspecção detectou falhas no cumprimento da lei nos serviços públicos. Segundo o relatório, havia, em 2010, um centro hospitalar no qual em cada unidade onde se realiza a consulta de IVG apenas há um médico, o que faz com que a comprovação da idade gestacional não seja feita por um clínico diferente daquele que realiza o abroto, como determina a lei. “Apesar de existir certificado de assinatura por médico diferente, esta assinatura não passa de um acto meramente formal, pois é feita à posteriori pelo outro médico da unidade e vice-versa”, refere o Relatório de Actividades do IGAS, divulgado na Internet. Abortos abaixo das estimativasO número de abortos realizados por opção da mulher nos últimos três anos tem sido inferior ao valor estimado antes da lei que veio permitir a interrupção voluntária da gravidez, em vigor desde 15 de Julho de 2007. Em 2008 realizaram-se 18. 014 abortos por decisão da mulher até às 10 semanas de gravidez, em 2009 foram 19. 222 e em 2010 registaram-se 18. 911, segundo dados da Direcção-Geral da Saúde (DGS). São desconhecidos os números absolutos de abortos por opção da mulher antes de 15 de Julho de 2007. Mas, segundo os relatórios da DGS, os números estimados eram de 20 mil interrupções por ano. Os dados mais recentes, de 2010, mostram um ligeiro decréscimo de abortos por opção em relação a 2009, uma redução de cerca de 300 interrupções. Além das que foram feitas por opção da mulher, registaram-se no ano passado 440 abortos devido a grave doença ou malformação congénita e 66 para evitar perigo de morte ou grave e duradoura lesão para a grávida. Onze interrupções foram feitas em gravidezes resultantes de crime contra a liberdade e autodeterminação sexual e oito como único meio de remover perigo de morte ou lesão para a grávida. Dos abortos efectuados por opção da mulher, 251 foram feitos a mulheres que já tinham realizado três ou mais intervenções. O relatório da DGS diz que 1, 86 por cento tinham realizado outra interrupção em 2010, 6, 36 por cento em 2009 e 4, 36 por cento em 2008. Mas a grande maioria (75, 41 por cento) não tinha feito qualquer aborto anteriormente. Mais de sete mil mulheres (quase 40 por cento) que fizeram aborto no ano passado não tinham filhos, cerca de 5. 500 tinham um, 4. 321 dois e 1. 176 três filhos. Uma das mulheres submetidas a interrupção por sua opção tinha dez filhos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave aborto crime morte lei mulher social doença sexual mulheres
A 19.ª Esposa
Um romance histórico do escritor norte-americano David Ebershoff, autor de A Rapariga Dinamarquesa, a sua primeira obra, e actualmente professor de Literatura na Universidade de Columbia. (...)

A 19.ª Esposa
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-22 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20110722150647/http://www.publico.pt/Noticia/a-19%C2%AA-esposa_1504137
SUMÁRIO: Um romance histórico do escritor norte-americano David Ebershoff, autor de A Rapariga Dinamarquesa, a sua primeira obra, e actualmente professor de Literatura na Universidade de Columbia.
TEXTO: A 19. ª Esposa decorre na América do século XIX, quando algumas comunidades mórmon decidiram desobedecer à legislação de 1857 que proibia a poligamia. Nessa época, uma mulher – a 19. ª esposa de um líder religioso mórmon –decidiu emancipar-se e revoltar-se contra os abusos sofridos pelas mulheres da comunidade em nome da religião. Em torno desses factos, David Ebershoff efectuou a reconstrução histórica do êxodo da comunidade através do mid-west americano até fundar Salt Lake City. A 19. ª Esposa foi finalista dos prémios literários Utah Book Award, Galaxy British Book Award e Ferro-Grumley Award. Autor David EbershoffTradução Luís Miguel CoutinhoEditor Porto Editora17, 90 euros
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave mulher comunidade mulheres
Causas da morte de Amy Winehouse continuam por apurar
As causas da morte da cantora britânica Amy Winehouse, ontem encontrada sem vida no seu apartamento londrino, continuam por apurar, embora algumas fontes indiquem que a cantora poderá ter sido vítima de uma overdose. (...)

Causas da morte de Amy Winehouse continuam por apurar
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: As causas da morte da cantora britânica Amy Winehouse, ontem encontrada sem vida no seu apartamento londrino, continuam por apurar, embora algumas fontes indiquem que a cantora poderá ter sido vítima de uma overdose.
TEXTO: A polícia metropolitana de Londres comunicou ontem: “Fomos chamados pelo London Ambulance Service para uma morada de Camden pouco depois das 16h05. Fomos informados que uma mulher tinha sido encontrada morta. À chegada, os nossos agentes encontraram o corpo de uma mulher de 27 anos que foi declarada morta no local”, cita o “The Guardian”. A cantora há muito que lutava contra a dependência de álcool e drogas e algumas fontes indicam que a sua morte poderá estar relacionada com uma dose excessiva de estupefacientes - escreve o “The Guardian” - embora oficialmente se desconheçam ainda as causas da sua morte. A cantora tinha tentado recentemente mais uma desintoxicação do álcool, mas a sua carreira atravessava um período complicado, depois de a sua digressão europeia - incluindo uma participação agendada para o Festival do Sudoeste, em Agosto - ter sido cancelada. A digressão foi cancelada por “motivos de saúde”, depois de um concerto em Belgrado que, mais uma vez, trouxe a palco uma Amy cambaleante e pouco profissional. O “Daily Mail” avança hoje que a cantora estava devastada pela recente separação do namorado Reg Traviss, de 34 anos. O mesmo jornal diz que Traviss decidiu pôr termo à relação de ambos depois de ter percebido que não conseguia ajudar Amy a lutar contra a dependência de drogas nem contra os seus “demónios interiores”. Winehouse tinha sido vista pela última vez com a sua afilhada, Dionne Bromfield, no início desta semana quando a adolescente participou no festival iTunes. A morte de Amy Winehouse aos 27 anos coloca-a junto a uma série de outros artistas que também morreram com esta idade, nomeadamente Jimi Hendrix, Jim Morrison, Janis Joplin, Kurt Cobain e Brian Jones, dos Rolling Stone. Fãs e amigos homenageiam cantoraApós a notícia da sua morte, os media e as redes sociais começaram a homenagear uma das artistas mais talentosas e polémicas da actualidade. Mark Ronson, que produziu o multi-premiado álbum “Back to Black”, disse: “Ela era a minha alma gémea musical e como uma irmã para mim. Este é um dos dias mais tristes da minha vida”. Quem com ela privou intimamente fala de uma voz poderosa numa mulher “doce” e frágil. Ronnie Wood, dos Rolling Stones, lembrou os bons momentos que viveu com a cantora. Tony Bennett, que com Winehouse gravou um dueto do seu novo álbum, elogiou-lhe as capacidades vocais. Uma artista frágil com a “mais natural voz de jazz” dos cantores contemporâneos, como referiu ao “The Guardian”. O produtor de hip hop Salaam Remi, que trabalhou com Winehouse nos álbuns “Frank” e “Back To Black”, escreveu, via Twitter: “É um dia muito, muito triste. Acabei de perder uma grande amiga e uma irmã”. E acrescentou: “Que descanses em paz, minha pequena irmã Cherry Winehouse. Amar-te-ei para sempre”. A apresentadora de televisão Kelly Osbourne também escreveu, via Twitter: “Nem consigo respirar de tanto chorar. Acabei de perder uma das minhas melhores amigas. Amar-te-ei para sempre Amy e nunca me esquecerei da verdadeira pessoa que eras”. “Triste notícia sobre Amy Winehouse. Os meus pensamentos estão com a sua família”, escreveu a cantora Emma Bunton. “Terei sempre um amor profundo por Amy Winehouse”, comentou Lady Gaga. A modelo britânica Kate Moss também não escondeu a tristeza de “ver partir um talento” como o de Amy Winehouse.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte mulher adolescente corpo cantora morta
Amy Winehouse: morreu uma mulher frágil, uma grande voz
A cantora britânica Amy Winehouse foi este sábado encontrada morta no seu apartamento em Londres. A polícia foi chamada ao local por volta das 16 horas pelos serviços médicos de Londres, que já se encontravam no apartamento da cantora em Camden, no norte da capital britânica. À porta, os fãs depositam flores e mensagens de homenagem. Os amigos elogiam-lhe a voz. Uma voz poderosa de uma mulher que a decadência calou aos 27 anos. (...)

Amy Winehouse: morreu uma mulher frágil, uma grande voz
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.4
DATA: 2011-07-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: A cantora britânica Amy Winehouse foi este sábado encontrada morta no seu apartamento em Londres. A polícia foi chamada ao local por volta das 16 horas pelos serviços médicos de Londres, que já se encontravam no apartamento da cantora em Camden, no norte da capital britânica. À porta, os fãs depositam flores e mensagens de homenagem. Os amigos elogiam-lhe a voz. Uma voz poderosa de uma mulher que a decadência calou aos 27 anos.
TEXTO: As causas da morte de Amy Winehouse ainda estão a ser investigadas pelas autoridades. Os seus representantes tinham cancelado, no último mês, todos os concertos da digressão europeia, incluindo uma actuação no Festival Sudoeste em Agosto, alegando “problemas de saúde”. No jardim em frente ao apartamento de Winehouse, os fãs foram deixando flores e postais dirigidos à cantora. E nas redes sociais, a notícia correu como um vírus. Dos amigos a nomes da música mundial, repetiram-se mensagens demonstrando tristeza e apoio aos familiares. “Triste notícia sobre Amy Winehouse. Os meus pensamentos estão com a sua família”, escreveu a cantora Emma Bunton. “Terei sempre um amor profundo por Amy Winehouse”, comentou Lady Gaga. O apresentador Chris Moyles mostrou-se chocado com a notícia, dizendo estar do lado dos familiares e amigos”, a mesma mensagem que a mulher do primeiro-ministro britânico, Sarah Brown, deixou no Twitter. A modelo britânica Kate Moss não escondeu a tristeza de “ver partir um talento” como o de Amy Winehouse. Para outros, foi a perda de uma amiga. Mark Ronson, o produtor de “Back to Black”, disse mesmo ter perdido a sua “alma gémea musical”. Salaam Remi, que trabalhou nos dois álbuns da cantora, lamentou a morte de “uma boa amiga e [de] uma irmã”. Quem com ela privou no círculo privado fala de uma voz poderosa numa mulher “doce” e frágil. Ronnie Wood, dos Rolling Stones, lembrou os bons momentos que viveu com a cantora. Tony Bennett, que com Winehouse gravou um dueto do seu novo álbum, elogiou-lhe as capacidadades vocais. Uma artista frágil com a “mais natural voz de jazz” dos cantores contemporâneos, como referiu ao Guardian. Do top à decadênciaVárias vezes, a cantora que em 2006 chegou aos tops internacionais com o premiado álbum “Back to Black” esteve internada em clínicas de reabilitação e desiludiu várias vezes os admiradores por causa de más prestações em palco devido a excesso de álcool e problemas associados a drogas. O cancelamento da digressão foi decidido depois de um concerto, em Junho, em Belgrado, onde deixou cair várias vezes o microfone em palco e onde acabaria por desaparecer do palco, não se lembrando das letras das músicas. A projecção que Amy Winehouse ganhou quando lançou o seu primeiro álbum, “Frank”, de 2003, e os elogios que recebeu da crítica – que a comparou às vozes de Sarah Vaughan ou Macy Gray – viria a revelar-se um círculo de decadência a partir de 2006. Desde “Back to Black”, colaborou apenas com alguns artistas e o álbum que começou a ser produzido em 2008 não chegou sequer a ficar concluído. A última vez que Amy Winehouse apareceu em público foi na quarta-feira, no Roundhouse, em Londres, onde apareceu em palco ao lado de Dionne Bromfield. Notícia actualizada às 00h19 de 24 de Julho
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte mulher cantora
Peço desculpa por esta pequena interrupção!
A mais polémica digressão do momento está em marcha. Ao seu leme está a cantora Amy Winehouse, autora do álbum mais vendido do ano, a estrela mais fulgurante, e improvável, que 2007 já viu. Em Londres, assistimos a um concerto muito semelhante ao retratado no DVD "I Told You I Was Trouble", agora editado. (...)

Peço desculpa por esta pequena interrupção!
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento -0.23
DATA: 2011-07-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: A mais polémica digressão do momento está em marcha. Ao seu leme está a cantora Amy Winehouse, autora do álbum mais vendido do ano, a estrela mais fulgurante, e improvável, que 2007 já viu. Em Londres, assistimos a um concerto muito semelhante ao retratado no DVD "I Told You I Was Trouble", agora editado.
TEXTO: Parece a digressão dos Sex Pistols há 30 anos. Todos os dias surgem novas polémicas a rodeá-la. Amy Winehouse parece ser Nancy, e o marido, Black Fielder-Civil, o Sid Vicious da história. Só esperamos que não acabem como Sid & Nancy. Não somos apenas nós que o dizemos. Da mãe da cantora às Nações Unidas, o mundo parece estar suspenso sobre o que irá acontecer com Amy Winehouse, estrela mais fulgurante, e mais improvável, de 2007. No entanto, há uma semana, no primeiro dos três concertos londrinos da sua digressão, na mítica Brixton Academy, ninguém diria que iríamos assistir ao espectáculo da mais polémica figura pop do momento. No piso superior predominavam trintões e quarentões com aspecto de que a vida vai muito bem, obrigado. No piso de baixo, a assistência seria um pouco mais jovem, mas nada de adolescentes com vontade de violentar o sistema. Criando uma analogia com o contexto português, dir-se-ia que estávamos perante uma assistência semelhante à que enche os concertos de Caetano Veloso ou Chico Buarque. Respeitinho, portanto. E ela deu-se ao respeito, com um concerto perfeito, sem atrasos, paragens obrigatórias pelo meio ou diálogos acalorados com a assistência. Apenas uma mão cheia de grandes canções, interpretadas de forma correcta por uma grande voz que se fazia acompanhar por um naipe de excelentes músicos, numa reprodução quase fiel daquilo que se pode ver no DVD "I Told You I Was Trouble Live In London", agora editado. Dramas e lendas Como já reflectimos no Ípsilon, nos últimos meses Amy Winehouse não tem largado as primeiras páginas dos jornais e das revistas em todo o mundo. Umas vezes por causa da música, composto de soul, jazz, pop dos anos 60 e ska, exposto no álbum mais vendido deste ano, "Back To Black", agora relançado com um segundo CD contendo recriações de temas conhecidos. Outras vezes, por causa de histórias de hospitais, prisões, curas de desintoxicação, desavenças com namorados e cancelamento de concertos. Não surpreende que, desde o primeiro dia, a actual digressão esteja envolta em polémica. De repente, no ruidoso espaço mediático toda a gente parece ter algo a dizer sobre ela. A família faz apelos para que a deixem em paz, alegando que se encontra debilitada física e mentalmente. O seu "manager" abandonou a digressão, queixando-se que Amy não consegue deixar o consumo de bebidas e drogas e não faz nada para mudar. O organizador do festival Glastonbury, o promotor Michael Davis, sentenciou que Winehouse deveria desistir dos concertos, para recuperar. O compositor Andrew Lloyd Webber defende-a, comparando os seus dramas a lendas do jazz como Ella Fitzgerald, o mesmo acontecendo com quem a admira e quer trabalhar com ela, como George Michael, Missy Elliott ou Prince. O cantor dos Oasis, Liam Gallagher, diz que ela está a ir longe de mais. Até o departamento antidroga das Nações Unidas, em comunicado, censurou o comportamento da cantora, argumentando que contribui para "glamourizar" o consumo de estupefacientes. E uma sua ex-professora surgiu em público a dizer que gostava que ela fosse uma lenda "enquanto viva, e não depois de morta. " E o que faz ela? Bebe, diverte-se, manda bocas, chora, apaixona-se pelo homem errado, dizem fãs, e recusa-se, na canção "Rehab", a frequentar clínicas de reabilitação, com o refrão mais ouvido do ano. Um simples, mas eficaz: "i said no, no, no. " Para ajudar ao turbilhão, o primeiro concerto da digressão, há quinze dias, foi atribulado. Esqueceuse de letras, deixou cair o micro, esteve à beira das lágrimas e dedicou canções ao marido, entretanto preso, acusado de obstrução à justiça, supostamente por ter tentado subornar uma testemunha num caso de agressão. O público é que não gostou e assobiou-a. Ela ripostou, qual criança selvagem, ameaçando os espectadores com os músculos do marido.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homem consumo criança cantora morta
Autópsia de Amy Winehouse marcada para hoje à tarde
Dois dias depois da morte de Amy Winehouse, as dúvidas e as especulações sobre o que terá acontecido no sábado no nº. 30 em Camden Square, no norte de Londres, mantêm-se. As causas da morte não são conhecidas mas a sua vida marcada pela dependência de drogas e álcool sugere que esse poderá ter sido o problema. A polícia londrina anunciou esta manhã que a autópsia da cantora vai acontecer esta tarde. A família aguarda apenas realização do exame para poder enterrar o corpo, que de acordo com a religião judaica, terá que ser o mais rápido possível. (...)

Autópsia de Amy Winehouse marcada para hoje à tarde
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: Dois dias depois da morte de Amy Winehouse, as dúvidas e as especulações sobre o que terá acontecido no sábado no nº. 30 em Camden Square, no norte de Londres, mantêm-se. As causas da morte não são conhecidas mas a sua vida marcada pela dependência de drogas e álcool sugere que esse poderá ter sido o problema. A polícia londrina anunciou esta manhã que a autópsia da cantora vai acontecer esta tarde. A família aguarda apenas realização do exame para poder enterrar o corpo, que de acordo com a religião judaica, terá que ser o mais rápido possível.
TEXTO: A polícia anunciou esta manhã que a autópsia, que revelará a causa da morte da controversa cantora que morreu aos 27 anos, vai acontecer esta tarde. Embora Winehouse não tivesse por hábito falar das suas crenças religiosas, sabe-se que era judia, conforme a sua mãe mencionou em várias entrevistas. Por isso, de acordo com a religião, o corpo deve ser enterrado com a maior brevidade, se possível nas próximas 24 horas a seguir à morte. Tal não foi possível porque as causas da morte da cantora, tratada pela polícia como “inexplicável”, estão ainda por apurar e a ser investigadas. Mas a imprensa britânica avança que o funeral poderá acontecer ainda hoje, depois de realizada a autópsia. Contudo, os resultados do exame médico podem levar semanas até serem conhecidos. Esta manhã o pai da cantora visitou a casa onde Winehouse foi encontrada morta e falou aos jornalistas visivelmente emocionado. Mitch Winehouse agradeceu a presença dos jornalistas e o apoio de todos. Desde que se soube da notícia da morte de Amy Winehouse, milhares de fãs têm-se dirigido até a à porta da casa da cantora de “Rehab” para prestarem uma última homenagem. Não deixam apenas flores e cartazes com mensagens de saudade, como também cigarros, garrafas de vinho e outras bebidas alcoólicas, ou sapatos de salto alto. Hábitos extravagantes pelos quais Winehouse ficará para sempre conhecida e que faziam adivinhar uma fatalidade, quase uma morte anunciada, como o próprio pai da cantora chegou a dizer em entrevista. Ao mesmo tempo que a teoria de que a britânica terá morrido de overdose ganha força, a polícia anunciou ser “inapropriado especular sobre as causas da morte”. Em comunicado a família da cantora pediu privacidade “neste momento terrível”, destacando que à parte de todas as polémicas, Amy Winehouse foi uma “filha, irmã e sobrinha magnífica”. O “The Telegraph” avança ainda que desde o desastroso concerto em Belgrado, em Junho deste ano, que obrigariam depois a um cancelamento da digressão europeia deste Verão, que Amy Winehouse estava a ser acompanhada por médicos, que a visitavam regularmente. A última visita terá sido, de acordo com o jornal, na sexta-feira, apenas um dia antes da sua morte, e os médicos terão confirmado que a cantora “estava limpa”, não acusando uso de drogas ou álcool. Também fontes da polícia garantem que não foram encontradas drogas na casa da cantora. As mensagens de homenagem à cantora têm-se espalhado pelas redes sociais. Os amigos músicos dedicam-lhe músicas nas suas actuações ao vivo e nas suas páginas, mas também actores, apresentadores e muitas caras conhecidas não só britânicas como internacionais. Todos falam de uma jovem talentosa que marcou o mundo da música e que partiu cedo de mais. Os fãs, esses, choram a sua morte. Muitos correram para as lojas para poderem ter nas suas casas aquilo que Amy Winehouse deixou para o mundo, a sua música. Em 14 países, incluindo Portugal, o álbum "Back To Black" (2006) já ocupa o primeiro lugar no top de vendas. O site oficial de Winehouse tem, neste momento, apenas uma fotografia a preto e branco da cantora. Notícia actualizada às 13h07
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte filha corpo cantora morta