Luís Figo pede mais respeito pelos "históricos"
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DATA: 2004-06-19
TEXTO: Luís Figo pediu hoje respeito pelos jogadores mais antigos da selecção portuguesa, na véspera do jogo decisivo contra a Espanha, que Portugal precisa de vencer para chegar aos quartos-de-final do Euro 2004. "Não tenho razão de queixa de ninguém, pois cada um pode opinar sobre o que bem entender, mas não admito que pessoas de outras actividades não tenham respeito para comigo, pois eu também não opino sobre agricultura, pescas ou cinema", afirmou o jogador do Real Madrid. "Tento estar um pouco à margem, mas às vezes certas coisas fartam um pouco. Somos ser humanos e queremos algum respeito, eu e vários companheiros que estão há mais tempo na selecção", explicou Figo. O médio português não estranhou as provocações que vieram de Espanha: "Não me surpreende que isto aconteça, pois é normal em jogos importantes, que podem decidir-se em pequenos pormenores. Estão a tentar desestabilizar e desconcentrar. Há coisas vindas de Espanha e outras de Portugal que tentam criar conflitos entre nós, só temos é de ser fortes", enfatizou o número sete da selecção, que conta 106 internacionalizações "AA". Do primeiro para o segundo jogo Scolari procedeu a quatro alterações no onze e Figo ficou como único sobrevivente da "geração de ouro" do futebol português, que conquistou dois títulos mundiais de juniores em 1989 e 1991. "Em termos tácticos e técnicos não entro, pois não vou comentar as opções do treinador. Estou aqui para jogar e mais nada do que isso", disse. Quanto à entrada de Deco para o lugar de Rui Costa, Figo considerou que o médio do FC Porto "é sempre uma mais-valia para qualquer equipa, como são todos os elementos que não puderam actuar frente à Rússia. "Já quanto as palavras de Scolari, que utilizou termos como "guerra" e jogo de "vida ou morte" para qualificar o encontro de amanhã frente à Espanha, Figo afirmou que se lhes está a tentar dar a conotação errada: "É apenas uma forma de expressar o grande significado do jogo, nada mais do que isso". A finalizar, Luís Figo sossegou os jornalistas espanhóis quanto à arbitragem de Anders Frisk diz: "Não têm de recear nada, pois nós não temos tanta força como pensam. Em termos gerais somos sempre prejudicados. "
REFERÊNCIAS:
Entidades DECO