Comercialização de derivados de animais clonados levanta questões éticas
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 | Sentimento 0.2
DATA: 2008-01-18
URL: https://arquivo.pt/wayback/20080118023126/http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1316960
TEXTO: Será que a carne e o leite de animais clonados poderão ser consumidos sem riscos para a saúde pública? Depois de a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos ter considerado seguros os derivados de gado clonado, o Grupo Europeu de Ética, Ciência e Novas Tecnologias (EGE) levantou algumas questões relativamente ao lado ético deste assunto. “Considerando o nível de sofrimento e os problemas de saúde dos animais clonados, a EGE tem dúvidas se a clonagem para a produção de comida está eticamente justificada”, diz a minuta do comité assessor da Comissão Europeia. Apesar de muitas reticências, se chegarem mesmo a ser admitidos derivados de clones no mercado, a EGE aconselha que se garantam as condições de segurança para o consumo: respeitar o bem-estar do animal (os clones sofrem mais doenças e têm uma vida mais curta) e, com etiquetas de esclarecimento, informar o consumidor que está a consumir um produto clonado. Apesar das recomendações da EGE não serem vinculantivas, perante o dilema em que se encontram os Estados membros da União Europeia (devem ou não autorizar a venda de produtos clonados?), esta tomada de posição poderá ser tida em conta. A EGE está ainda a preparar uma sondagem da Eurobarómetro para perceber qual a opinião dos europeus relativamente ao assunto (se o seu comportamento for igual ao dos consumidores americanos a clonagem será chumbada). Segundo uma análise preliminar da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos, não existe qualquer diferença entre os produtos de animais originais e as suas réplicas - são tão nutritivos e seguros como os outros. Apesar disso, a Autoridade continua a salientar que a tecnologia deve avançar no sentido de não fazer sofrer os animais criados artificialmente. O documento final só deverá ser conhecido em Abril ou Maio, depois de uma consulta pública que durará até ao final de Fevereiro.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave carne consumo alimentos animal