Portugal escolhido para sede de projecto europeu de supercomputação
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DATA: 2009-09-25
URL: https://arquivo.pt/wayback/20090925020500/http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1402178
TEXTO: São seis dos mais poderosos supercomputadores da Europa – cada um tem um poder de processamento cerca de 50 mil vezes superior ao de um computador doméstico. Servem sobretudo para investigação científica de ponta (para o desenvolvimento de novos medicamentos ou para previsões climatéricas, por exemplo). Portugal não tem nenhuma destas máquinas. Mas, a partir de 2010, Lisboa vai gerir o acesso de cientistas de quase toda a Europa a esta enorme capacidade de computação. Portugal foi escolhido como a primeira sede do PRACE (Partnership for Advanced Computing in Europe), um projecto que vai permitir o acesso de duas dezenas de países a supercomputadores da Alemanha, Franca, Reino Unido, Espanha, Holanda e Itália. O papel de Portugal passará por fazer a gestão administrativa, explica o físico Pedro Vieira Alberto, da Universidade de Coimbra, a entidade que representa Portugal no consórcio. Ou seja, a estrutura que será montada em Lisboa vai receber os projectos interessados em usar os supercomputadores, avaliá-los e determinar que utilização poderão fazer do poder computacional oferecido pelo PRACE. As estruturas informáticas de supercomputação são tipicamente usadas por centros de investigação académica que, à distância, recorrem à capacidade de processamento. Mas Pedro Vieira Alberto nota que também há a intenção de abrir “abrir os supercomputadores ao meio industrial”. Em Portugal, a Universidade de Coimbra tem o Milipeia, um dos maiores supercomputadores do país (o nome deriva de milípede, termo que designa o animal com mais patas no mundo). O Milipeia custou 600 mil euros – muito longe dos 20 a 40 milhões de euros que custou cada um dos computadores do PRACE. Viera Alberto, contudo, sublinha que Portugal “não está mal” no que diz respeito à supercomputação, uma área tradicionalmente encabeçada pelos Estados Unidos (em parte, devido ao grande contributo das empresas) e onde a Europa “entendeu que devia fazer mais”. A Comissão Europeia contribuiu com dez milhões de euros para suportar custos logísticos associados ao projecto. Portugal vai servir de sede para o PRACE durante o arranque e, pelo menos, durante um ano e meio. Em meados de 2011 será escolhida a sede definitiva. Notícia corrigida às 17h32
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave animal