Portas “humilde” recusa assumir meta dos dois dígitos
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.2
DATA: 2009-09-25
URL: https://arquivo.pt/wayback/20090925020500/http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1402268
TEXTO: Pouco depois de ter começado a percorrer as ruas da baixa de Faro, Portas parece ter ganho o dia de campanha: num café encontrou uma militante do PSD que disse ir votar CDS-PP no domingo. Deu-lhe uma caneta, autografou um panfleto, e parou para ouvir a explicação. “Não gosto de quem está à frente do PSD”, disse a nova eleitora centrista. Apesar do incentivo, o líder centrista não quis assumir a meta eleitoral dos dois dígitos e pediu humildade. Logo de manhã, ainda antes de sair à rua no centro de Faro, no final de uma visita à Cooperativa Agrícola de Citricultores do Algarve, Portas recusou traduzir o objectivo do resultado eleitoral em números. “Acho que se deve ser humilde, o povo é que sabe. O apelo que eu faço é que quem concorda connosco venha daí”, disse. Já no número de deputados que pode vir a eleger, Portas mostra-se mais ambicioso: “Com um pouco mais de votação, o CDS pode eleger um quinto deputado por Lisboa, um segundo por Aveiro, um terceiro por Braga, e um por Faro e Coimbra”. Simbólico também das acções de rua que tem feito desde Julho foi o reencontro numa esplanada com quatro mulheres farenses que Portas reconheceu e até apontou a mesa onde se encontravam sentadas na outra visita. Com passo acelerado, o líder centrista baralha os percursos já traçados pelos dirigentes locais. “Assim falamos com mais gente”, disse, indicando o caminho a seguir, e sem se furtar a falar em espanhol ou inglês com os turistas que encontra. À tarde, o CDS-PP escolheu o ponto turístico da Herdade da Malhadinha Nova (cooperativa e hotel), perto de Castro Verde, para assinalar a sua única passagem pelo Alentejo em toda a campanha. E foi entre um copo de vinho e aperitivos que Portas comentou as sondagens. No caso da Intercampus, a projecção empurra o CDS para o último lugar entre as forças políticas. Mas nem isso parece desanima-lo. “Até dá o CDS a subir. A mesma empresa deu 3, 5 por cento a dois dias das eleições, nem elegíamos ninguém, agora dá mais de sete, imagine até onde vamos”, disse, desvalorizando sempre os números. “O CDS está a subir em todo o lado e – pasme-se – até nas sondagens”, acrescentou. Paulo Portas começou o dia de campanha a ser confrontado com uma notícia sobre a decisão do Tribunal Administrativo dos Açores que condenou o Estado português por omissão na fiscalização aos barcos de pesca espanhóis que entravam na zona económica exclusiva. O líder centrista rejeitou responsabilidades, lembrando que só foi ministro dos Assuntos do Mar a partir de Agosto de 2004. Desde ontem que o CDS-PP pôs a circular um SMS com um apelo directo ao voto para pôr o partido “à frente do BE e do PC”. Assinada por Paulo Portas, a mensagem escrita foi enviada para 20 mil militantes e simpatizantes e pede para se reenviar o texto a 20 pessoas.
REFERÊNCIAS:
Partidos PSD BE