Inscrição de Auschwitz "Arbeit macht frei" roubada
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DATA: 2009-12-18
SUMÁRIO: A célebre inscrição “Arbeit macht frei” (“o trabalho liberta”), afixada à entrada do campo de concentração nazi de Auschwitz, no sul da Polónia, foi roubada durante a noite por indivíduos desconhecidos, foi esta manhã revelado por responsáveis do museu histórico que ali funciona.
TEXTO: "Foi levado pelas 6h00 [locais, menos uma hora em Portugal]. Um cão polícia foi posto em busca do rasto dos ladrões”, precisou porta-voz da polícia de Auschwitz, Malgorzata Jurecka, em declarações à rádio pública Trojka. Estão agora a ser examinadas as câmaras de segurança instaladas no local, que fica encerrado durante a noite. “É uma profanação do local onde mais de um milhão de pessoas foram assassinadas. É vergonhoso”, lamentou o porta-voz do museu de Auschwitz, Jaroslaw Mensfeld, precisando que se trata do “primeiro caso de um roubo desta gravidade neste local”. As autoridades do museu - que ocupa pouco mais de um terço do espaço de cerca de dois quilómetros quadrados do campo - já instalaram uma réplica do sinal no portão, a qual fora usada já antes quando o original esteve a ser reparado, informa a edição online do diário polaco Gazeta Wyborcza. O sinal, feito em ferro forjado por prisioneiros judeus, erguia-se às portas de Auschwitz desde o início da década de 1940, por ordem de Rudolf Höss, comandante do campo, o qual – segundo o historiador britânico Laurence Rees – acreditava que o trabalho manual o ajudara a ele próprio na experiência de prisioneiro de guerra, durante o período da república de Weimar, que precedeu a ascensão dos nazis ao poder na Alemanha. O slogan nazi “Arbeit macht frei” foi colocado nos portões de vários campos de concentração sob ordem directa do general das SS Theodor Eicke, inspector dos campos e primeiro comandante em Dachau. A inscrição à portas de Auschwitz1 – o maior dos campos de concentração e extermínio de judeus durante a II Guerra Mundial – tem a particularidade de a letra “B” de “Arbeit” ser maior do que as restantes, dando-lhe a aparência de uma letra invertida. Historiadores calculam que 1, 1 milhão de pessoas, 90 por cento das quais judeus, morreram em Auschwitz entre 1940 e 1945. As demais vítimas foram sobretudo polacos não judeus, ciganos e prisioneiros de guerra soviéticos. Notícia actualizada às 8h55
REFERÊNCIAS: