Queiroz: “Eriksson já deverá ter comprimidos para as dores de cabeça”
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DATA: 2010-05-11
SUMÁRIO: Seleccionador diz que primeiro jogo com a Costa do Marfim é importante, mas lembra que em 1986 Portugal venceu a partida inaugural com a Inglaterra e foi eliminado
TEXTO: Carlos Queiroz defendeu a escolha de 24 jogadores – mais um dos que os 23 jogadores que a FIFA deixa levar ao Mundial – com as “imponderáveis” que poderão acontecer durante o estágio antes do Campeonato do Mundo. “A razão é que existem algumas surpresas, durante o estágio, algumas imponderáveis, que podem acontecer. E para isso temos de estar todos preparados”, afirmou o treinador português, que confessou ter estado atento a todos os detalhes, quando estão muitos campeonatos a chegar ao fim. “Há jornadas complicadas e decisivas em vários campeonatos – recolhemos todas as informações e decidimos sobre as opções que há algum tempo já estão a ser delineadas”, afirmou Queiroz, que adiantou haver “duas ou três” situações “mais complicadas” ligadas a “situações clínicas”. Questionado sobre a (boa) forma de Cristiano Ronaldo, o técnico preferiu destacar o grupo. “O mais importante é a equipa de Portugal. Na qualificação ele [Ronaldo] não pôde dar o melhor de si devido à lesão. Agora trata-se de trazer o Ronaldo para a grande equipa que se qualificou para o Mundial”, destacou. Comprimidos para as dores de cabeça de ErikssonSven-Goran Eriksson disse que o primeiro jogo de Portugal é uma final. O técnico sueco, seleccionador da Costa do Marfim, vai defrontar os portugueses logo na partida inaugural. Queiroz concorda, mas deixa uma ressalva. “O primeiro jogo é sempre importante. Essa regra aplica-se a todas as selecções menos à Itália, que fazem disso uma excepção”, começou por ironizar o técnico português. E lembrou o Mundial de 1986, uma excepção nessa regra, em que Portugal venceu o primeiro jogo mas acabou por não seguir em frente na prova. “No México, Portugal ganhou o primeiro jogo e não conseguiu a qualificação”, destacou. E disse concordar com Eriksson. “A Costa do Marfim é a candidata africana com mais hipóteses de estar em lugares cimeiros no Mundial”, disse, lembrando ainda que conhece bem a estrela da companhia, Didier Drogba. “Conheço-o bem dos tempos em que treinei no Manchester United”, afirmou. “Mas acho que Eriksson trerá comprado comprimidos para as dores de cabeça devido [à qualidade dos] aos jogadores portugueses”. E justificou a sua convocatória. “A minha decisão irá causar algum desapontamento nalguns jogadores devido ao seu mérito desportivo e terem expectativas de estar na selecção e irei defraudar alguns, mas terão outras oportunidades de ganhar jogos por Portugal e de representar a selecção”, concluiu, defendendo que estes são “os critérios dos 23 que a FIFA impõe e algum terá sempre de ficar de fora”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave marfim