Paulo Portas daria total apoio a uma candidatura presidencial de Bagão Félix
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento 0.35
DATA: 2010-06-02
SUMÁRIO: O líder do CDS/PP deu ontem conta das fortes criticas a Cavaco Silva que ouviu na última reunião do Conselho Nacional do seu partido, a propósito da promulgação da lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
TEXTO: Numa entrevista difundida ontem à noite pela Rádio Renascença, Paulo Portas deixou claro que daria um apoio total e incondicional a uma candidatura presidencial de Bagão Félix, nome que, como foi noticiado no últimos dias, foi sondado para protagonizar uma alternativa ao actual Presidente da República. Questionado sobe o apoio a essa eventual candidatura, Paulo Portas não deixou margem para dúvidas. “O que posso dizer é o que disse ao próprio, mas que é também uma evidência. Se o doutor Bagão Félix entendesse meditar e tivesse vontade de afirmar uma candidatura presidencial, seguramente que eu faria tanto por ele e por essa ideia como o doutor Bagão Félix me tem ajudado na vida como líder político e ao CDS como partido”, assegurou o líder centrista. Já quanto à viabilidade de tal candidatura são bem diferentes as expectativas. “Acho que ele foi de uma enorme franqueza quando disse que lhe falaram nisso mas que nem parou para pensar”. Declarando nutrir “uma enorme admiração pessoal por Bagão Félix”, que “é porventura a pessoa a quem eu mais devo na minha vida política”, Paulo Portas acabou por fazer um contraponto indirecto com as críticas que a direita tem dirigido à postura ética de cavaco Silva. “Acho sintomático que quando se procura um referência ética no espaço não socialista, o nome de Bagão Félix é imediatamente é posto em cima da mesa”, notou. Quanto à decisão do Presidente da República de promulgar a lei que veio permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o líder do CDS/PP disse não querer tomar uma posição pessoal. “Digo apenas aquilo que ouvi no Conselho Nacional do CDS/PP no domingo passado” onde Cavaco Silva terá sido severamente criticado. “A matéria não estava sequer em discussão, mas evidentemente aquele discurso deixou muita gente na área não socialista ou desconsolada ou triste”, considerou. Sobre aquilo que ali foi dito, disse ter ficado claro que a matéria impunha outro tipo de atitude por parte do Presidente da República. “É um caso manifesto em que a ética da convicção deveria prevalecer. Vi gente impressionada pelo facto de numa matéria que para muitos portugueses uma questão de princípio, se terem utilizado argumentos de natureza táctica ou de conveniência”, reportou.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei sexo casamento