China aumenta salários mínimos no meio de vários conflitos sociais
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.016
DATA: 2010-06-04
SUMÁRIO: As autoridades chinesas autorizaram uma vaga de aumentos do salário mínimo, em face do descontentamento dos trabalhadores, ilustrado pelo crescente número de conflitos sociais, segundo a relata hoje a comunicação social em Pequim.
TEXTO: Em Pequim, o salário mínimo mensal vai ser aumentado 20 por cento, para 960 yuans (115 euros) a partir de 1 de Julho, segundo noticiou o diário Global Times. Esta subida é o dobro do aumento anunciado tradicionalmente anunciado todos os anos (10, 02%) desde que a capital do país introduziu o salário mínimo, em 1994, precisa este jornal de língua inglesa. Pequim é uma das cerca de 30 províncias e municipalidades chinesas que aumentaram o salário mínimo ou estão prestes a fazê-lo. Depois de uma subida recente, a metrópole de Xangai oferece o salário mínimo mais elevado do país, de 1120 yuans (ou 134 euros). Estes aumentos acontecem num momento em que as duras condições de trabalho de milhões de assalariados são assunto de debate na China, e em que a terceira maior economia do mundo voltou a ter um crescimento de dois dígitos (superior a dez por cento ao ano). Dez empregados do grupo Foxconn, de Taiwan, suicidaram-se nos últimos meses no Sul da China, aparentemente vítimas de grande stress no trabalho, e um décimo primeiro morreu de esgotamento noutra fábrica deste grupo de componentes electrónicos, no Norte da China. Na quarta-feira, a Foxconn anunciou um aumento de 30 por cento do salário dos seus empregados chineses. Por outro lado, os empregados de uma fábrica de peças do construtor de automóveis japonês Honda entraram em greve na semana passada, para exigiram melhores condições de trabalho, paralisando toda a produção até sexta-feira, quando se deram por satisfeitos com um aumento salarial de 24 por cento, para 1910 yuans (228 euros). Apesar de um crescimento económico espectacular, a remuneração do trabalho caiu em relação à riqueza produzida desde o lançamento das reformas económicas na China: representava 56, 5 por cento do PIB em 1983, e apenas 26, 7 por cento em 2005, segundo afirmou recentemente um responsável sindical.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave japonês salário