Israel repatria activistas do "Rachel Corrie"
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DATA: 2010-06-07
SUMÁRIO: Israel anunciou o repatriamento dos 11 passageiros e oito tripulantes do navio irlandês "Rachel Corrie", que no sábado tentou furar o bloqueio a Gaza, mas a recusa inicial de cinco activistas irlandeses em assinarem um documento em que renunciam a recorrer à justiça israelita contra a medida atrasou o processo.
TEXTO: Um primeiro grupo, de seis passageiros malaios e um tripulante cubano, foi expulso por via terrestre para a Jordânia, mas os irlandeses só segunda-feira de manhã devem embarcar para Dublin. A recusa dos irlandeses, entre os quais se encontra Mairead Maguire, 66 anos, Prémio Nobel da Paz de 1976, foi confirmada por uma porta-voz dos serviços de imigração de Israel, que horas antes anunciara a deportação de todos os ocupantes. “Todas as pessoas a bordo do navio serão expulsas hoje”, anunciara. Os seis malaios são o deputado Mohd Nizar Zakaria, dois jornalistas da televisão TV3 e três elementos da organização Perdana Global Peasse. Um repórter indonésio ferido na sangrenta acção da semana passada contra a frota humanitária que procurava chegar a Gaza entrou também na Jordânia com o grupo, através do posto fronteiriço de Allenby – constatou um correspondente da agência AFP. À chegada, os deportados por via terrestre, cansados e emocionados, admitiram estar decepcionados por não terem conseguido furar o bloqueio naval israelita, mas confirmaram que não houve violência durante a abordagem. O "Rachel Corrie", fretado por uma organização irlandesa pró-palestiniana, foi tomado no sábado pela Marinha israelita em águas internacionais, quando tentava fazer chegar mil toneladas de ajuda à Faixa de Gaza. O navio foi escoltado por duas embarcações militares e atracou no porto israelita de Ashdod, a Sul de Telavive. A abordagem pacífica não diminuiu a indignação internacional provocada pelo assalto ao "ferry" turco "Mavi Marmara", que liderava a frota interceptada há uma semana por militares israelitas, numa acção que custou a vida a nove activistas – oito turcos e um norte-americano de origem turca. Israel rejeita uma investigação internacional à acção contra o "Mavi Marmara", mas, segundo o seu embaixador em Washinghton, citado pela Reuters, está a discutir com os Estados Unidos os moldes do inquérito.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência imigração ajuda humanitária deportação assalto