Cavaco considera que "é preciso ir mais longe" na construção de uma cidadania
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-07-23
SUMÁRIO: O Presidente da República afirmou hoje na abertura da cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, em Luanda, que “é preciso ir mais longe” em dossiers como a cidadania lusófona ou o envolvimento da sociedade civil na construção da Comunidade.
TEXTO: “É necessário ir mais longe na resposta às expectativas dos nossos cidadãos. Nesse sentido, quero assinalar os progressos registados nas negociações sobre uma convenção quadro relativa ao estatuto do cidadão da CPLP, esperando que seja possível conclui-la em breve”, disse Aníbal Cavaco Silva. O chefe de Estado disse esperar que “seja possível confirmar a realização, se possível ainda no decurso do corrente ano, do I Fórum da Sociedade Civil da CPLP”, na sequência do trabalho que foi feito nos últimos anos. “A nossa comunidade tem de ser cada vez mais um projecto de cidadania, que integre e mobilize o contributo dos nossos cidadãos. A criação da assembleia parlamentar e da Confederação Empresarial da CPLP foram passos da maior relevância nesse sentido, que quero saudar calorosamente. Como o que tem sido igualmente a acção levada a cabo pelas múltiplas estruturas e fóruns em que se afirma, nos nossos dias, a vida da nossa comunidade”, sublinhou. No momento em que Portugal transfere para Angola a presidência da CPLP, Cavaco Silva destacou “o muito que foi possível alcançar desde a cimeira de Lisboa em 2008”, nomeadamente “no que diz respeito à afirmação e projecção internacional língua portuguesa”. “Forte valor simbólico” do 5 de MaioO Presidente da República deu relevo ao “forte valor simbólico” do 5 de Maio como dia da língua portuguesa e cultura da CPLP e à “maior utilização da língua portuguesa em diversos fóruns multilaterais como a UNESCO e União Africana, o Plano de Acção de Brasília e os novos estatutos e regimento interno do Instituto Internacional da Língua Portuguesa”. Para Cavaco Silva, “são instrumentos da maior relevância que seremos chamados a aprovar nesta cimeira”. O PR recordou que o português “é uma das línguas em maior expansão em países terceiros, onde é procurado como segunda língua ou língua estrangeira”. Trata-se de “uma evolução que vai ao encontro dos interesses de cada um de nós e da nossa comunidade porque favorece a afirmação da nossa voz na cena internacional e permite tirar partido das oportunidades de cariz económico que uma língua universal comporta”. Sublinhando “o reforço que se tem verificado no que toca à nossa concertação política em países terceiros e no seio das organizações internacionais”, o PR elogiou a “concertação que se tem manifestado de forma clara quando está em causa a situação de alguns dos estados membros como tem sido o caso da Guiné Bissau ou o endosso mútuo de candidaturas a órgãos de organizações internacionais ou à organização de grandes eventos de expressão mundial”. “Quero a este propósito manifestar uma vez mais o firme apoio de Portugal à candidatura do Brasil a membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas e agradecer o apoio activo de cada um dos vossos países à candidatura portuguesa ao mesmo órgão como membro não permanente”, disse. Credibilidade da comunidadeCavaco Silva sublinhou também que a credibilidade da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) passa pela sua “imagem de coesão em torno dos laços, princípios e valores presentes nos seus estatutos”. Falando do “crescente interesse” internacional pelas actividades da comunidade, o Presidente considerou-o “fruto do reconhecimento do peso que a CPLP já representa na cena internacional e da antevisão quanto ao que poderá representar no futuro”.
REFERÊNCIAS:
Entidades UNESCO CPLP