Peritagens do laboratório da PJ incriminam Ghob, rei dos Gnomos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-07-24
SUMÁRIO: A Polícia Judiciária (PJ) recolheu, na segunda-feira, provas documentais e testemunhais que permitiram à equipa da Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo (UNCT) indiciar o sucateiro de Carqueja, Lourinhã, e também conhecido como "Ghob, o Rei dos Gnomos", como autor material da morte, e posterior ocultação dos cadáveres, dos três jovens desaparecidos naquela região em Junho de 2008 e Março deste ano.
TEXTO: No Laboratório de Polícia Científica (LPC), onde foram feitas peritagens a inúmeros objectos apreendidos, também se recolheram elementos que permitem fundamentar as acusações. As provas recolhidas pelos inspectores da UNCT foram determinantes para o veredicto, pronunciado na quinta-feira, pelo juiz de Instrução do Tribunal de Torres Vedras, o qual decretou a prisão preventiva do suspeito. Trata-se de comprovativos de compras de cartões de telemóveis e também o testemunho de pessoas que agora confirmam o relacionamento próximo, e de há anos, do sucateiro com as três pessoas desaparecidas. Fontes policiais garantem igualmente que, pelo menos no caso da morte de Joana Correia, de 16 anos, ocorrida a 3 de Março deste ano, o suspeito se dirigiu, de carro, à casa da jovem já com o intuito de a matar. O homicídio ocorreu alguns minutos depois de lhe ter dado boleia, e suspeita-se que possam ter sido utilizadas armas brancas. De resto, no LPC já foram analisados diversos objectos apreendidos na casa do sucateiro, o "Castelo de Carqueja". Existe material que servirá para provar a tese de que as vítimas eram frequentadoras habituais da casa e, supostamente, podem provar a existência de aproximações homossexuais do suspeito a uma das vítimas. Para além das provas materiais, a PJ já recolheu o testemunho de pessoas que garantem as relações de "muita proximidade" entre o detido e as três pessoas desaparecidas. Em Carqueja, várias pessoas garantem ter visto os jovens entrar na casa do suspeito durante a noite, sendo frequentes os comentários dando conta de comportamentos "muito estranhos". Também o rapaz por quem uma das vítimas se teria apaixonado já terá confirmado aos investigadores todas as suspeitas, nomeadamente o desejo de vingança em resultado das rejeições amorosas (em 2008 o casal foi assassinado depois de ter iniciado uma relação, desprezando um deles as propostas amorosas do sucateiro). A UNCT continua a procurar os corpos das alegadas vítimas nos terrenos compreendidos entre Torres Vedras, Peniche e Lourinhã. Mesmo na hipótese de não serem encontrados, tal não significa que em tribunal não possa ser proferida uma condenação. Até hoje, apenas no caso de Joana Cipriano o corpo não foi encontrado. Mas as provas apresentadas serviram para condenar a mãe e o tio da menina desaparecida da aldeia de Figueira, no Algarve.
REFERÊNCIAS:
Entidades PJ