Doentes operados em clínica privada de Lagoa mantêm prognóstico "muito reservado"
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DATA: 2010-08-08
SUMÁRIO: Os quatro doentes que correm risco de cegueira na sequência de uma intervenção oftalmológica numa clínica em Lagoa (Algarve) continuavam ao início da manhã de hoje sob prognóstico "muito reservado", disse fonte do Centro Hospitalar de Lisboa Central.
TEXTO: Os quatro doentes - dois homens e duas mulheres - foram operados na clínica I-QMed, em Lagoa, e posteriormente transferidos para o Hospital dos Capuchos, que integra o Centro Hospitalar de Lisboa Central. Três destes doentes foram submetidos a uma intervenção de correcção de cataratas e uma das mulheres a uma cirurgia para colocação de lentes, segundo informação prestada na sexta-feira à Lusa por Manuel de Brito, da administração do Centro Hospitalar de Lisboa Central. Segundo a equipa clínica do Hospital dos Capuchos, que já contactou o médico da clínica de Lagoa, os doentes foram afectados por uma infecção pós-cirúrgica, mas a Inspecção-Geral das Actividades em Saúde está ainda a investigar as causas. Também na sexta-feira, a Ordem dos Médicos anunciou que vai abrir um inquérito e um processo disciplinar ao médico oftalmologista que operou os quatro doentes. Em declarações à agência Lusa, o bastonário da ordem dos Médicos, Pedro Nunes, adiantou ainda que a instituição está disponível para colaborar com todas as outras entidades na investigação a este caso. O responsável adiantou ao "Correio da Manhã" que o médico holandês está registado na Ordem dos Médicos e que, segundo a lei europeia, tem todo o direito de exercer a actividade que exerce em Portugal. A clínica não estava licenciada nem registada junto das autoridades de saúde.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens lei mulheres