Desemprego manteve-se no máximo histórico de 10,6 por cento
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.16
DATA: 2010-08-17
SUMÁRIO: A taxa de desemprego no segundo trimestre deste ano manteve-se no máximo histórico de 10,6 por cento que já tinha atingido no primeiro trimestre, estando 1,5 pontos percentuais acima do seu valor no segundo trimestre de 2009, o que representa um aumento de 16,4 por cento.
TEXTO: O valor oficial da população desempregada no segundo trimestre foi estimada em 589, 8 mil pessoas, em média, o que representa um aumento homólogo (face ao mesmo período do ano anterior) de 16, 2 por cento, de acordo com o INE, que divulgou hoje os dados do seu inquérito trimestral ao emprego. Os valores do segundo trimestre ocorrem num contexto em que a população activa e a taxa de actividade caíram respectivamente 0, 3 por cento e 0, 2 pontos percentuais face ao trimestre anterior e se mantiveram face ao trimestre homólogo de 2009. A população empregada recuou 0, 4 por cento (menos 2, 4 mil pessoas) face ao primeiro trimestre e 1, 7 por cento homólogos, o que representa menos 84. 600 postos de trabalho. Estes valores são consistentes com a possibilidade de parte dos desempregados estarem a passar a inactivos, o que pode significar mais desemprego não declarado – o das pessoas que se considera como desencorajadas de procurar trabalho. As taxas de desemprego no primeiro semestre deste ano constituem um máximo histórico desde que o INE começou a acompanhar o desemprego, no segundo trimestre de 1983, e também desde que há registo nas séries longas do Banco de Portugal, a partir de 1953. Neste último caso, trata-se de desemprego em sentido lato (população activa com mais de 12 anos). O Eurostat, que também conduz um inquérito ao emprego, tinha no entanto divulgado no final do mês passado os dados relativos a Julho, estimando em 10, 8 por cento o desemprego nacional nesse mês, depois de 10, 9 por cento em Maio e 10, 8 por cento em Abril. Para a zona euro, estes valores são de respectivamente 10, 2, 10, 1 e 10, 1 por cento. A diferença resulta de diferenças metodológicas. A taxa de desemprego recuou ligeiramente entre os homens, de 9, 8 por cento no primeiro trimestre, para 9, 7 no segundo, e subiu entre as mulheres, de 11, 4 para 11, 5 por cento. Entre os jovens, recuou de 22, 7 para 20, 3 por cento, quando um ano antes era de 18, 7 por cento. O Norte e o Algarve eram as regiões com as taxas de desemprego mais elevadas no segundo trimestre (12, 2 por cento em ambas), sendo as mais baixas nos Açores (6, 2%) e no Centro (7, 7%). Notícia actualizada às 11h48
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens mulheres desemprego