Suspeito de incêndio em Castro Daire cumpria pena por fogo posto
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-08-19
SUMÁRIO: O homem de 32 anos que é suspeito de ter ateado o incêndio de Castro Daire estava a cumprir pena de prisão em regime de dias livres.
TEXTO: Pedreiro de profissão, o suspeito tem antecedentes criminais pelo mesmo tipo de crime – tendo sido detido em 2005 pela PJ – e também por furto e condução sob o efeito de álcool. O homem, agora detido, trabalhava na construção civil e ao fim-de-semana recolhia ao Estabelecimento Prisional de Lamego, onde se encontrava a cumprir pena pelo crime de fogo posto. Na aldeia de Alva, afectada pelas chamas, as pessoas dizem ter passado a respirar de alívio depois de saberem que a Polícia Judiciária deteve o homem que terá ateado o incêndio que durante dias consumiu, durante vários dias, dezenas de hectares no concelho de Castro Daire. Os habitantes de Alva tinham receio que o suspeito de ter ateado o incêndio que lavrou vários dias em Castro Daire “se lembrasse de voltar a pôr fogo”. Marco Oliveira, filho do proprietário de um dos cafés da aldeia, contou à agência Lusa que “nunca ninguém o apanhou a deitar um fogo, mas toda a gente desconfiava e tinha medo dele”. Segundo Marco Oliveira, há uns anos, o presumível autor do incêndio teve mesmo de fugir para não ser apanhado pela população. “As pessoas andaram atrás dele depois do fogo que houve em Souto de Alva e que deixou um casal ferido num aviário”. No café da aldeia, a detenção do homem de 32 anos era tema de conversa de quem por lá passava. Uma mulher, que preferiu não ser identificada, afirmou que “ninguém reza bem daquele rapaz”. Uma opinião partilhada por mais dois jovens da freguesia, que defendem que toda a gente desconfiava dele, temendo “mais um incêndio sempre que ele passava”. “As pessoas iam logo atrás ver se ardia alguma coisa”, sublinharam. Por seu lado, as vizinhas do suspeito defendem que se trata “de um rapaz muito bem-educado e pacato”. “Sabemos que ele vive com uma rapariga de Braga, com quem tem uma criança, mas não é de armar brigas”, descreveu Idalina Rocha. Adelino Cardoso, irmão do presumível autor do incêndio, explicou que a família continua a acreditar na sua inocência. “Não acreditamos que fosse ele. Nem desta, nem da outra vez”. O irmão descreveu-o como “uma pessoa calma, que sempre saiu pouco à noite”. O presumível autor do incêndio foi presente ao tribunal de Castro Daire ao início da tarde de hoje, para ser ouvido em primeiro interrogatório judicial.
REFERÊNCIAS:
Entidades PJ