Incêndios: reflorestação da Serra da Estrela avança após intervenção de recuperação de solos
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DATA: 2010-08-30
SUMÁRIO: O ministro da Agricultura, António Serrano, admitiu hoje que a reflorestação das áreas ardidas na Serra da Estrela só deverá ocorrer após a intervenção de recuperação de solos, apontando para Março de 2011.
TEXTO: “O fundamental agora, que temos que garantir, é a intervenção, nos terrenos, de emergência pós incêndios” através de medidas que “estão a ser programadas”, disse o ministro aos jornalistas em Seia, onde iniciou uma visita às áreas ardidas naquela zona do distrito da Guarda. Segundo António Serrano, a Autoridade Florestal Nacional está a elaborar os relatórios da área ardida nos concelhos da região da Serra da Estrela, tudo apontando para a destruição de mais de 4500 hectares de área. “É preciso fazer aqui uma intervenção de recuperação de solos na ordem de um milhão de euros”, anunciou o ministro, esclarecendo que se está a “falar de limpeza e de recuperação de linhas de água”. Disse que “esse é o trabalho de emergência que tem que ser feito em todas as zonas onde houve incêndios” e “só depois desse trabalho realizado e depois de ser planeada a intervenção na florestação, é que ela pode decorrer”. Sexta-feira, o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) anunciou que perto de cinco mil hectares de floresta arderam este mês no Parque Natural da Serra da Estrela, correspondendo a 5, 52 por cento da área total, Nesta deslocação, o ministro também contactou com populares de Girabolhos (Seia) e de Cativelos (Gouveia), a quem deu conta das medidas disponibilizadas pelo seu Ministério “para alimentação animal” e para a floresta. Sobre críticas do CDS-PP relativas à fraca execução de verbas do PRODER em relação às florestas, o titular da pasta da agricultura disse: “infelizmente não é por termos mais ou menos dinheiro que temos mais ou menos incêndios”. Recordou que entre 2000 e 2009 foram investidos mais de 340 milhões de euros e que o actual quadro comunitário tem 450 milhões disponíveis. “Neste momento, estão 56 milhões contratados, em execução e pagamento, e mais de 50 milhões em análise”, declarou, concluindo que “não é certamente [devido] à falta de recursos financeiros que temos mais ou menos dificuldades para melhorarmos o nosso desempenho neste domínio”.
REFERÊNCIAS:
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