Ministro da Defesa menciona possível cedência de partes de Jerusalém
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DATA: 2010-09-01
SUMÁRIO: O ministro israelita da Defesa, Ehud Barak, afirmou que Israel estaria disposto a entregar partes de Jerusalém no âmbito das conversações de paz com palestinianos que são hoje lançadas em Washington, em declarações hoje publicadas pelo diário "Ha'aretz".
TEXTO: Os comentários de Ehud Barak sobre a partição de Jerusalém, no coração do conflito, foram vistos como um sinal da disposição do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, em dividir a cidade num acordo final com os palestinianos. Mas um responsável da comitiva de Netanyahu veio negar esta intenção. “A posição do primeiro-ministro é de que Jerusalém é um dos assuntos centrais na mesa de negociações”, disse um adido do primeiro-ministro, citado pela agência francesa de notícias AFP. “A nossa posição é de que Jerusalém irá manter-se a capital não dividida de Israel. ”Em declarações públicas, Netanyahu tem sempre resistido a qualquer ideia de cedência da parte Oriental, árabe, de Jerusalém, que Israel capturou no final da guerra de 1967. Barak, que se tinha reunido com o primeiro-ministro antes da partida de Netanyahu para Washington, falou de uma ideia diferente: “Jerusalém Ocidental e os 12 bairros judaicos onde vivem 200 mil residentes [israelitas] serão nossos”, disse Barak ao diário israelita "Ha’aretz". “Os bairros árabes em que vivem quase 250 mil palestinianos vão ser deles”. Os palestinianos exigem o controlo de Jerusalém Oriental, onde querem ter a sua capital. Barak falou ainda de um “regime especial” na Cidade Velha, onde se junta a Mesquita de Al-Aqsa, a terceira mais sagrada do islão, e o Muro Ocidental, vestígio dos dois templos antigos do judaísmo e local de oração privilegiado para judeus. Nas declarações ao "Ha'aretz", o ministro teve um tom de optimismo pouco habitual em relação às conversações de paz, nota ainda o jornal. As conversações de paz iniciam-se sob a sombra do atentado ontem, reivindicado pelo Hamas, em que morreram quatro habitantes de um colonato judaico numa auto-estrada na Cisjordânia, atingidos a tiro. Tratava-se de dois homens e duas mulheres, uma das quais estava grávida. Notícia actualizada às 15h10
REFERÊNCIAS:
Religiões Judaísmo