A campanha da ETA
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-09-05
SUMÁRIO: Começou por lutar contra Franco e a favor da independência do País Basco. Quatro décadas depois - e deixando para trás mais de 800 vidas - a ETA volta a declarar um cessar-fogo
TEXTO: 1937O General Franco ocupa o País Basco, que até então gozava de um certo grau de autonomia. O ditador espanhol reprime as suas aspirações à independência. 1959É fundada a ETA com o objectivo de criar uma pátria independente na região do País Basco. O nome da organização - Euzkadi Ta Askatasuna – significa pátria basca e liberdade. 1961 A campanha de violência da ETA começa com a tentativa de fazer descarrilar um comboio que transportava políticos. 1968A ETA faz a sua primeira vítima, Meliton Manzanas, um chefe da secreta em San Sebastian. 1973 O primeiro-ministro Luis Carrero Blanco é assassinado em Madrid por nacionalistas bascos. 1978É fundada a Herri Batasuna, braço político da ETA. 1980Neste ano a ETA mata 118 pessoas. 198721 pessoas morrem num atentado bombista contra um supermercado em Barcelona. A ETA pede desculpa pelo “erro”. 1995Tentativa de assassinato com um carro armadilhado do então líder da oposição, José Maria Aznar, do Partido Popular. 1997Com o Partido Popular no poder, a ETA toma como alvo os políticos do PP no País Basco. Em Julho mata o vereador do PP Miguel Angel Blanco, provocando uma onda de indignação nacional que levou seis milhões de espanhóis a sair à rua para protestar. No final do ano, 23 líderes do Herri Batasuna são condenados a sete anos de prisão por colaborarem com a ETA. 1998Os principais partidos políticos de Espanha iniciam conversações para pôr fim à violência na região basca. Em Abril é assinado o acordo de paz na Irlanda do Norte e em Setembro a ETA anuncia o seu primeiro cessar-fogo. 1999 Em Maio realiza-se o primeiro e único encontro entre a ETA e o Governo espanhol (então liderado por Aznar) em Zurique, na Suíça. Em Agosto, Aznar acusa a ETA de “ter medo da paz”. E em Novembro, depois de denunciar o falhanço das conversações com Madrid, a organização basca anuncia o fim da trégua que durou 14 meses. 2000No início do ano carros armadilhados explodem em Madrid e na capital basca, Vitoria. Em Maio, e num gesto inédito, o rei Juan Carlos e a rainha Sofia lideram uma vigília nacional para protestar contra a morte do jornalista Jose Luis de la Calle. Em Agosto, milhares de pessoas demonstram o seu apoio à ETA em Bilbao. E no final do ano, o rei Juan Carlos condena as acções da ETA no discurso que marcou o 25 aniversário da sua ascensão ao trono de Espanha. 2001Vários políticos são alvo das acções da ETA. Morre o socialista Froilan Elexpe, em San Sebastian, morre Manuel Jimenez Abad, do PP, em Saragoça, e morre o juiz Jose Maria Lidon, em Bilbao. Em Dezembro a União Europeia declara a ETA como uma organização terrorista. 2002O juiz Baltazar Garzon suspende a Batasuna por três anos e confisca 18 milhões de euros pertencentes aquela organização política. Em Setembro a polícia francesa prende um homem (Juan Antonio Olarra Guribi) e uma mulher suspeitos de serem os principais líderes da ETA. O responsável máximo da logística do grupo (Ibon Fernandez Iradi) também foi preso em França mas fugiu da prisão três dias depois de ser detido. Será recapturado em Dezembro de 2003. 2003O Supremo Tribunal de Espanha ilegaliza permanentemente a Batasuna que é colocada na lista de grupos terroristas dos EUA e da UE. Nesse ano a ETA mata dois polícias e espalha o terror em Alicante, Benidorm e Santander com atentados que não fizeram vítimas mortais. O ano termina com a detenção de 12 líderes etarras. 2004 A ETA é inicialmente acusada da autoria dos atentados bombistas do 11 de Março em Madrid, que foram da autoria de radicais islamitas ligados à Al-Qaeda. 2005Detenção de vários dirigentes etarras e julgamento de 56 suspeitos de pertencerem à organização terrorista.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA UE