Canal privado de televisão mostra Alexandra em risco na Rússia
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-09-07
SUMÁRIO: Pouco tempo depois de abrir o noticiário da principal televisão russa, a menina russa que foi retirada pelo Tribunal de Guimarães a uma família portuguesa de acolhimento de Barcelos volta a ser notícia.
TEXTO: Há cerca de uma semana, Alexandra aparecia no telejornal do ORT, primeiro canal da televisão pública russa, como uma criança adaptada à nova realidade. As câmaras de televisão filmaram o primeiro dia de escola em Pretchistoe, vila natal da sua família, onde Alexandra (tratada como Sandra na Rússia) - hoje com sete anos - está a viver com a mãe. "Todo o país falava e conhecia Sandra há vários meses atrás. A sua mãe, Natália Zarubina [que viveu em Portugal durante vários anos], inicialmente entregou a menina a uma família de acolhimento, mas depois tentou recuperá-la [o caso chegou ao Tribunal da Relação de Guimarães]. Recuperou-a e trouxe-a para casa, de Portugal para a aldeia de Pretchistoe, no distrito de Iaroslavl", referia a jornalista na peça de televisão divulgada no início do mês. "Imagens filmadas durante o primeiro mês de Sandra na Rússia mostram que ela falava e compreendia russo com dificuldade. Hoje, fala, compreende e comporta-se como uma aluna normal. Esta é a sua primeira aula. Num meio de uma confusão barulhenta, Sandra tenta, o mais depressa possível, ocupar o seu lugar, como todas as outras crianças", conclui a reportagem que quis mostrava a imagem de uma criança feliz e integrada. Alexandra desde os 17 meses de idade até ao ano passado viveu com a família de acolhimento em Portugal. Porém, um canal privado de televisão divulgou agora uma reportagem que contraria este cenário de harmonia e que parece mostrar que a criança pode estar em risco. As imagens, reproduzidas pela SIC, mostram Alexandra a falar sobre a violência doméstica que alegadamente assiste diariamente. A peça fala também nos supostos hábitos alcoólicos da mãe. As autoridades russas ainda não reagiram a esta reportagem do canal privado.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola violência tribunal criança doméstica