Gabinetes do Governo vão gastar 62,4 milhões de euros, menos 4,9 que este ano
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DATA: 2010-10-21
SUMÁRIO: As despesas dos gabinetes do Governo vão somar 62,4 milhões de euros em 2011, o que representa uma diminuição de 4,9 milhões face aos 67,3 milhões de euros orçamentados em 2010.
TEXTO: A análise do PÚBLICO aos mapas inscritos na proposta de Orçamento do Estado (OE) para o próximo ano e do OE deste ano permitiu concluir que as despesas com pessoal - o Governo já nomeou mais de mil pessoas para os gabinetes - absorvem a maior fatia dos encargos do primeiro-ministro, dos 16 ministros e 38 secretários de Estado. Feitas as contas, cada um dos 55 governantes vai gastar, em média, 1, 1 milhões de euros. Em causa estão, além dos gastos com pessoal, despesas de representação, ajudas de custo, viagens, telecomunicações, combustíveis, consultadoria, entre muitas outras. Em termos globais, José Sócrates e os seus 16 ministros prevêem gastar 28, 4 milhões de euros, o que traduz uma quebra de 2, 5 milhões face ao orçamentado este ano. Já os 38 secretários de Estado deverão representar um encargo global de 34 milhões de euros, menos 2, 3 milhões que em 2010. Seguindo a metodologia adoptada nos mapas do OE, verifica-se que é na Presidência do Conselho de Ministros (PCM) que se irão registar as maiores despesas. O primeiro-ministro, os ministros da Presidência, dos Assuntos Parlamentares, e os cinco secretários de Estado que dependem de Pedro Silva Pereira, e o secretário de Estado adjunto de José Sócrates prevêem despender 11 milhões de euros em 2011. Este número traduz, ainda assim, uma redução de 779. 166 euros face a este ano. O Ministério da Economia, liderado por Vieira da Silva e apoiado por mais quatro secretários de Estado, é o segundo no ranking, com 5, 7 milhões de euros (menos 285. 504 euros que em 2010). A fechar o pódio aparece o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Luís Amado e mais três secretários de Estado, com 4, 5 milhões de euros. Acima dos quatro milhões surgem ainda mais quatro ministérios: do Trabalho de Helena André e três secretários de Estado, com 4, 2 milhões de euros; Administração Interna de Rui Pereira e três secretários de Estado (4, 1); o primeiro-ministro (4, 1 ) e a Justiça de Alberto Martins e dois secretários de Estado, com quatro milhões. No fundo da tabela aparecem o Ministério da Ciência e Ensino Superior (Mariano Gago e um secretário de Estado), com uma despesa de 2, 2 milhões de euros; a Cultura de Maria Canavilhas e um secretário de Estado (2, 5) e a Agricultura de António Serrano e dois secretários de Estado (2, 8). O ministério de Teixeira dos Santos e quatro secretários de Estado estimam gastar (3, 8 milhões), menos que vários ministérios com apenas três e dois secretários de Estado. Ou a Defesa que, com apenas um secretário de Estado, irá ter uma despesa (3, 4) superior a três ministérios com dois secretários de Estado, como a Saúde (2, 9) e a Educação (2, 8). Quatro secretários sobemEm termos individuais, o primeiro-ministro é o membro do Governo que mais gastos prevê efectuar no próximo ano: 4, 1 milhões. A seguir, surgem o ministro da Defesa (2, 5 milhões) e o ministro dos Negócios Estrangeiros (1, 9). Exceptuando o ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão - que prevê despender 865. 120 euros -, todos os restantes estimam gastar acima de um milhão de euros. Os cortes variam entre os 297. 173 euros no gabinete de José Sócrates e os 53. 707 euros do ministro da Agricultura, António Serrano. Ao nível dos secretários de Estado, a principal conclusão que se retira dos mapas é a de que o Ministério das Obras Públicas é o que mais dinheiro estima gastar em 2011. Ao todo, Paulo Campos tem orçamentados 1, 2 milhões de euros. A seguir, aparecem o da Energia, Carlos Zorrinho (1, 2), e o do Ordenamento do Território, Fernanda Carmo (1, 1). No fim da tabela vem o secretário de Estado do Orçamento, Emanuel dos Santos (541. 477 euros). Os cortes variam entre os 198. 997 no gabinete do secretário de Estado da Educação, João Trocado da Mata, e os 25. 125 do secretário de Estado das Pescas, Luís Vieira. Curioso é o facto de as despesas de quatro secretários de Estado até aumentarem face a 2010. A saber: o da Ciência, Manuel Heitor (mais 133. 404), da Reabilitação, Idália Moniz (11. 076), do Emprego (9796) e o da Segurança Social, Pedro Marques (8331).
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave cultura educação social