Siameses angolanos morreram na sequência de uma paragem cardíaca
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DATA: 2010-10-21
SUMÁRIO: Os bebés siameses que não puderam ser operados em Portugal morreram na quarta-feira durante o voo de regresso a Luanda devido a paragem cardíaca, disse hoje à agência Lusa fonte hospitalar.
TEXTO: Os bebés siameses estavam de regresso a Angola depois de a equipa médica do Hospital D. Estefânia, em Lisboa, ter declarado a impossibilidade de separação das crianças por possuírem um coração e um fígado em comum. Em declarações à agência Lusa, o director do Hospital Pediátrico David Bernardino, Luís Bernardino, disse que os bebés, ambos do sexo masculino, embarcaram às 11:00 em Lisboa, “sem merecerem grande preocupação”, tendo a mãe reparado por volta das 15:30 que estavam com dificuldade em respirar. “O médico que acompanhou os bebés e um outro que se encontrava no voo tentaram reanimar as crianças, mas não foi possível impedir a paragem cardíaca”, explicou Luís Bernardino. “Sabíamos que ia acontecer, mas foi mais cedo do que o esperado e durante o voo para Luanda”, lamentou o médico, acrescentando que “os pais já estavam preparados para essa situação”. O funeral dos bebés está a ser preparado para acontecer no Sumbe, capital do Kwanza Sul, estando as autoridades governamentais locais a prestarem todo o apoio à família. Os bebés siameses, filhos de pais camponeses, nasceram em Agosto e foram transferidos para Luanda para uma melhor assistência e a realização de uma cirurgia para a sua separação. Em Luanda foram feitos exames que apontavam para a existência de corações e fígados independentes, havendo dúvidas quanto aos intestinos. Foi em Lisboa, no Hospital D. Estefânia, que uma equipa médica detectou, através de exames complementares, que a operação não poderia ser realizada, porque os bebés possuíam coração e fígado comum. “Nós não temos um centro de primeira grandeza, fizemos os estudos possíveis no país”, referiu Luís Bernardino, salientando que era necessário a realização de um exame de ressonância magnética para uma melhor observação, e o hospital não dispõe de meios para o efeito. “O exame de ecografia não permitia que se tivesse uma imagem satisfatória, era necessário um exame de ressonância magnética, de que não dispomos no hospital”, sublinhou Luís Bernardino.
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