Portugal apoia fim do embargo europeu à venda de armas à China
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DATA: 2010-10-28
SUMÁRIO: Portugal apoia o levantamento do embargo à venda de armas à China, imposto em 1989, mas só decide a sua posição “no contexto da União Europeia”, indicou hoje à agência Lusa o embaixador português em Pequim, José Tadeu Soares.
TEXTO: “Portugal tem tido uma posição bastante favorável às teses chinesas”, disse o diplomata a propósito da visita do Presidente chinês a Portugal, nos dias 6 e 7 de Novembro. Já em 2005, o então Presidente português Jorge Sampaio defendeu em Pequim que a União Europeia (UE) devia levantar o referido embargo. Portugal apoia também a concessão do “estatuto de economia de mercado” à China, outra persistente reivindicação chinesa, manifestada em todas as cimeiras com a UE. Tadeu Soares realçou, contudo, que a posição portuguesa sobre aquelas matérias “é sempre decidida no contexto da União Europeia”. “Não podemos decidir sozinhos matérias que são posições de política externa comum”, sublinhou. O embargo à venda de armas à China foi imposto após a sangrenta repressão militar do movimento pró-democracia da Praça Tiananmen, em Junho de 1989, que causou centenas de mortos. Para o governo chinês, a manutenção do embargo é “uma relíquia da Guerra Fria”. Há dois meses, em Pequim, a Alta Representante da UE para a Política Externa, Catherine Ashton, disse que “a China deseja que o embargo seja levantado, mas está consciente que é uma questão que os 27 têm (ainda) de discutir”. Grécia, Espanha e outros países da UE também já se manifestaram a favor do levantamento do embargo. Os Estados Unidos, pelo contrário, opõem-se. A visita de Hu Jintao a Portugal será a primeira visita de um Presidente chinês em mais de uma década.
REFERÊNCIAS:
Entidades UE