Acusação pede 25 anos de prisão para Omar Kadhr
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-10-31
SUMÁRIO: A acusação pediu 25 anos suplementares de prisão para um jovem canadiano, Omar Khadr, detido nos últimos oito anos na prisão de Guantánamo, e que em tribunal militar se declarou culpado de crimes de guerra e da morte de um norte-americano no Afeganistão, em 2002, quando tinha 15 anos.
TEXTO: “A vossa condenação enviará uma mensagem à Al-Qaeda e a todos os que têm como objectivo matar americanos e semear o caos no mundo”, disse o procurador Jeffrey Groharing, citado pelas agências noticiosas. O julgamento do filho de um colaborador próximo de Bin-Laden decorreu nos últimos dias na base norte-americana em Cuba e o júri retirou-se ontem à tarde para deliberar, depois de ter ouvido as alegações finais: o procurador apelou a “não menos de 25 anos de prisão suplementares”, a defesa pediu dez, incluindo os oito já passados na cadeia. Khadr cumprirá a menor de duas penas — ou a decidida pelo júri, ou a prevista num acordo que assinou no início da semana passada, de que os sete jurados militares, três dos quais mulheres, não têm conhecimento. Segundo a imprensa, o acordo prevê mais oito anos de prisão, um em Guantánamo e os outros no Canadá. O procurador alegou que a prisão perpétua é a pena máxima para cada um dos cinco crimes de que Khadr é acusado — da morte do sargento enfermeiro Christopher Speer, 28 anos, contra o qual lançou uma granada, a conspiração, apoio ao terrorismo e espionagem. Mas pediu 25 anos, tendo em conta as atenuantes. O advogado de defesa, tenente-coronel Jon Jackson, invocou a idade de Kadr à época e a “influência do pai”. “Foi uma criança com um mau pai”, disse, segundo a agência AP. Uma carta enviada ao tribunal por um responsável das Nações Unidas pediu a absolvição, atendendo ao facto de se tratar de uma “criança-soldado”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte filho tribunal prisão criança mulheres