Mais de 50 mortos no ataque a igreja católica em Bagdad
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.099
DATA: 2010-11-01
SUMÁRIO: O número de mortos no sequestro e resgate de reféns numa igreja católica em Bagdad, no domingo à tarde, subiu para cima de 50, mas ainda não está apurado com rigor.
TEXTO: No seu último balanço, o ministério do Interior quantificou em 52 o número de crentes e elementos das forças segurança mortos e referiu que seis atacantes foram abatidos num ataque já reivindicado pela Al-Qaeda. No total os mortos seriam 58. Os feridos são, segundo a mesma fonte, 67. O Ministério do Interior não especificou o número de fiéis católicos e operacionais mortos - "não distinguimos entre membros das forças de segurança e civis, são todos iraquianos", disse Kamal -, mas uma fonte episcopal citada pela AFP quantifica em 42 o número de crentes que morreram, entre os quais dois padres. A agência escreveu que foram também mortos sete membros dos serviços de segurança e cinco assaltantes, o que elevaria o número total de vítimas mortais para 54. O sequestro, ocorrido na Igreja Siríaca Católica de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Sayidat al-Najat, é já um dos mais devastadores cometidos contra cristãos em território iraquiano. O ataque foi reivindicado por um grupo muito próximo da Al-Qaeda, que exigiu a libertação dos seus elementos detidos no Egipto, segundo o Site, o centro norte-americano de vigilância de sites islamistas. Um responsável do Ministério do Interior do Iraque adiantou à agência AFP, sob condição de anonimato, quando o número de reféns mortos estava quantificado em 37, que cinco deles eram mulheres e sete crianças, e que ficaram feridas 56 outras pessoas, entre elas dez mulheres e oito menores. As informações sobre o número de fiéis que se encontravam no interior da igreja também tem variado entre as escassas dezenas, inicialmente, e mais de uma centena, segundo os dados mais recentes. O bispo caldeu de Bagdad, Shlimoune Wardouni, disse à AFP que os atacantes reclamavam a “libertação de terroristas no Iraque e no Egipto”. Por sua vez, a televisão Al-Baghdadiya, citada pela Reuters, informou ter recebido um telefonema de um homem que se identificou como um dos atacantes e que o grupo reclamava a libertação de todos os prisioneiros da Al-Qaeda nos dois países. Os atacantes, disse, pertenciam ao Estado Islâmico do Iraque, organização da órbita da Al-Qaeda. Já esta madrugada, a AFP noticiou que a Al-Qaeda reivindicava o ataque, e que ameaçava também os cristãos no Egipto. Fonte do Ministério do Interior indicou que os atacantes entraram no templo depois de terem morto dois guardas que protegiam a Bolsa de Bagdad, situada nas imediações. Terá sido por não terem conseguido entrar nesse edifício que, face à chegada de forças de segurança, se dirigiram à igreja, acrescentou. O resgate foi executado por forças iraquianas, mas algumas fontes referem a participação americana. O Papa Bento XVI condenou a "violência absurda" e a "ferocidade" contra as "pessoas sem defesa" no Iraque. "Rezo pelas vítimas desta violência absurda, cada vez mais feroz, que atinge pessoas sem defesa, reunidas na casa de Deus, que é um lugar de amor e de reconciliação", disse. "Face aos atrozes episódios de violência qie continuam a atingir as populações do Médio Oriente quero renovar o meu apelo à paz", acrescentou. Actualizado às 16h10
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência ataque homem mulheres morto