Papa recebido em Barcelona por poucos fiéis e manifesto homossexual
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 3 Homossexuais Pontuação: 16 | Sentimento -0.2
DATA: 2010-11-07
SUMÁRIO: A recepção ao Papa em Barcelona, onde irá presidir à dedicação da nova Basílica da Sagrada Família, não teve tantos fiéis como o esperado e em alguns pontos a polícia chegou a ser em maior número que os que queriam receber Bento XVI. A chegada do Papa foi ainda marcada por um manifesto homossexual. Perto de 200 homens e mulheres beijaram-se à passagem do papamóvel.
TEXTO: Jornais como o “El Mundo” e o “El País” consideraram “fria” a recepção a Bento XVI, que entre o Palácio do Arcebispado, onde passou a noite depois da visita de ontem a Santiago de Compostela, e a Praça da Catedral foi recebido por algumas centenas de fiéis, apenas em maior número, perto de dois mil, já junto à Sagrada Família, onde ouviu gritar “Viva Benedicto”. Mas antes de ser aclamado, Bento XVI foi recebido por homossexuais de Barcelona com abraços e beijos. Ao longo de poucos minutos, gays e lésbicas chamaram a atenção do Papa contra a oposição da Igreja Católica à homossexualidade e à união e casamento entre pessoas do mesmo sexo. “Estou aqui para apelar à mudança de mentalidade no meio católico, que mantém uma atitude oposta aos nossos direitos e às diferentes maneiras de amar”, disse Sergi Diaz, um dos homossexuais que respondeu à iniciativa organizada pelo movimento “Queer Kissing” e divulgada através do Facebook, blogues e outras redes sociais na Internet. Também Rebecca e Helena se beijaram à passagem do Papa. “ As religiões falam de paz, de humanidade e de respeito, mas depois esses valores são discriminados”, lamentaram em declarações à AFP. Durante a sua estadia naquela cidade espanhola, o Papa deverá ainda ser alvo de protestos do colectivo “Yo no te espero” ("Eu não te espero"), que discorda com o dinheiro público gasto com a vinda de Bento XVI a Espanha. Já na Sagrada Família, o ambiente que acolheu Bento XVI era de apoio e devoção, com o Papa a ser recebido pelos reis de Espanha, Juan Carlos e Sofia, e alguns dos principais representantes políticos locais e do país. Hoje ainda será pelo primeiro-ministro, José Luis Rodríguez Zapatero. Bento XVI vai celebrar uma missa no novo altar da Basílica da Sagrada Família. O Papa preside à missa de dedicação do altar, como é chamada a cerimónia, do templo que Antoni Gaudí começou.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos sexo casamento