Sarah Palin é estrela de "reality show" com o Alasca em pano de fundo
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DATA: 2010-11-12
SUMÁRIO: Sarah Palin, a mulher que poderia ter sido vice-Presidente dos Estados Unidos, vai estrear-se este domingo nas lides da reality TV com o programa Sarah Palin's Alaska.
TEXTO: Com o cenário selvagem daquele estado setentrional como pano de fundo, a republicana oferece aos telespectadores do canal de televisão TLC um olhar mais detalhado ao seu quotidiano. O jornal "USA Today" descreve o programa - que terá oito episódios - como "um híbrido de viagem de aventura e documentário", onde é possível ver Sarah a confraternizar com animais selvagens - como ursos e alces - e a pescar. "Isto não é o 'Housewives of Alaska' [referência ao programa 'The Real Housewives', que se centra na vida superficial e consumista de donas de casa americanas]", disse Palin, numa entrevista ao mesmo jornal a partir de casa, localizada nas margens do Lago Lucille. "Isto é acerca da singularidade do Alasca, deste sítio especial, e trata-se de mostrar à América por que é que estamos aqui e o que é que temos para oferecer". Cada episódio - cujo fio condutor foi decidido em comum acordo entre a família e os produtores do programa - mostra a família Palin (composta por Sarah, o marido Todd e os cinco filhos de ambos) em actividades de família ao ar livre. Sarah Palin indicou ainda ao "USA Today" que seria aborrecido participar num reality show que fosse apenas centrado no seu quotidiano. Por isso, optou por desviar as atenções para o estado que esteve sob a sua governação entre 2006 e 2009. "O Alasca serve para desmentir uma série de inverdades, incorrecções e mentiras acerca da nossa família. Esta é uma forma de mostrar - através do Alasca - como é realmente a nossa família". No programa de estreia - de que já se pode ver excertos na Internet - vê-se Palin a pescar com a família e a cozinhar queques com a filha Piper, enquanto se queixa do incómodo de ter por vizinho o autor Joe McGinniss, que se mudou para a casa ao lado da sua e pretende publicar um livro sobre si durante o próximo ano. Palin não tem reagido bem a esta proximidade. "Não tem nada que meter o nariz. . . É uma intrusão e uma invasão da nossa privacidade", diz Sarah perante as câmaras. "Se um tipo qualquer andasse a tentar apanhar-vos, a poucos metros dos vossos filhos, como é que se sentiriam?", questiona-se Palin. Para Palin - que entretanto também se tem feito notar em campanhas promovidas pelo movimento conservador Tea Party - esta é a hipótese de mostrar ao mundo outros atributos para além da sua actual retórica anti-Washington e das suas gaffes durante a campanha, que a transformaram no "saco de pancada" de diversos humoristas norte-americanos, nomeadamente Tina Fey, que parodiou a candidata em diversas circunstâncias. Desconhece-se se Palin irá tentar uma nova corrida à Casa Branca em 2012. A republicana mantém o tabu, tendo apenas dito a esse respeito que se irá candidatar "se não houver mais ninguém para o fazer". De qualquer forma, se isso estiver nos seus planos, este programa poderá vir a ser-lhe útil, uma vez que a republicana está no seu ambiente natural e se mostra nos seus próprios termos. O "LA Times" chega a considerar o programa uma publicidade política "desavergonhada". "O programa Sarah Palin's Alasca não está aqui para enterrar a carreira política de Palin, mas antes para a enaltecer, ao tocar em tantos dos 'botões' que são queridos ao eleitorado americano. A vida atlética, o imaginário da fronteira e a devoção à família já lançaram mais do que um candidato à Administração do país", escreve o diário de Los Angeles. "Uma celebridade, uma marca, um fenómeno"Depois de ter saído da obscuridade em 2008, quando John McCain a escolheu para número dois da sua candidatura, e depois de se ter demitido da governação do Alasca, em Julho de 2009, Palin tornou-se numa força maior dentro do Partido Republicano e uma figura de peso do comentário político na cadeia Fox.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE