Sócrates: Opinião de Amado é também a do governo, mas oposição não quer assumir responsabilidades
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DATA: 2010-11-13
SUMÁRIO: José Sócrates assegurou hoje que as declarações do ministro Luís Amado sobre a necessidade de um governo de coligação para Portugal não o surpreenderam. Sócrates foi mais longe e disse que essa é uma vontade de todo o executivo socialista; o problema é que a oposição não quer assumir responsabilidades, acusou.
TEXTO: “O ministro há muito tempo que tem essa opinião, tal como todo o governo”, disse José Sócrates aos jornalistas, em Macau. Em entrevista à edição de hoje do jornal “Expresso”, Luís Amado diz que Portugal precisa de um governo de coligação. O ministro dos Negócios Estrangeiros afirma mesmo estar disponível para deixar o cargo em nome da estabilidade. “Eu compreendo as declarações. Compreendo que Portugal precisa de estabilidade política”, comentou José Sócrates, sublinhando que mantém a confiança em Amado. Porém, o primeiro-ministro acusou a oposição de não estar disponível para partilhar responsabilidades governativas. “Eu já tentei fazê-lo, logo no início do governo, propondo um diálogo e uma forma de entendimento, quer através de coligações, quer através de acordos parlamentares, ” disse Sócrates. “Todos os outros partidos, sabendo que a governação é difícil, que as medidas são duras e exigentes, não querem partilhar essa responsabilidade”, acusou. “Mas o Partido Socialista fá-lo-á, responsavelmente e com coragem, fazendo aquilo que deve fazer para defender o nosso país. ”Wen Jiabao confiante na capacidade de Portugal para superar a criseO primeiro-ministro está em Macau para participar na terceira conferência ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, que termina amanhã. Esta manhã (hora local), Sócrates manteve um encontro bilateral de meia hora com o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao. Nos curtos minutos abertos à comunicação social, o governante chinês reconheceu que Portugal passa por “algumas dificuldades” devido à crise financeira internacional, mas mostrou-se confiante que o país “tem capacidade para ultrapassar” a situação. “Caso necessário, a China está disposta a prestar total apoio” a Portugal, sublinhou Wen Jiabao. Já Sócrates disse que o governo de Lisboa leva “muito a sério” a parceria com a China. “Queremos desenvolvê-la e ampliá-la”, acrescentou. Entretanto, durante a cerimónia de abertura da conferência ministerial do Fórum, o primeiro-ministro chinês anunciou o objectivo de que as trocas bilaterais entre a China e os países lusófonos batam a fasquia dos 100 mil milhões de dólares norte-americanos até 2013. Nos primeiros nove meses deste ano, atingiram já os 68, 2 mil milhões de dólares, de acordo com os Serviços de Alfândega da China. Wen Jiabao anunciou também a criação de um fundo de cooperação entre a China e os países de língua portuguesa no valor de mil milhões de dólares norte-americanos, totalmente financiado pelo lado chinês. Além disso, o governante revelou ainda a criação de vários programas de apoio ao desenvolvimento destinados a Timor-Leste e aos países africanos de língua portuguesa. Notícia substituída às 10h00
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave social chinês