Desemprego registado pelo INE alcança recorde de 10,9 por cento
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-18
SUMÁRIO: A taxa de desemprego em Portugal ficou em 10,9 por cento no terceiro trimestre, o que constitui um novo recorde histórico dos dados nacionais.
TEXTO: Este valor representa uma subida de 0, 3 pontos face aos 10, 6 por cento de segundo trimestre e está 1, 1 pontos percentuais acima dos 9, 5 por cento registados no terceiro trimestre do ano passado. O INE estima agora a população desempregada no país em 609, 4 mil pessoas em média entre Julho e Setembro, o que representa uma subida de 11, 3 por cento face ao valor do terceiro trimestre do ano passado. Este número deve representar uma subavaliação do fenómeno da falta de trabalho, devido aos critérios estatísticos em vigor. O número de desempregados no país deu assim um pulo de quase 20 mil em três meses, pois no segundo trimestre era de 589, 8 mil. E no terceiro trimestre do ano passado era de apenas 547, 7 mil. A população activa e a população empregada também recuaram, neste último caso em 53, 9 mil postos de trabalho. Os jovens continuam a ser severamente afectados pela falta de emprego, com a taxa de desemprego da população entre os 15 e os 24 anos a pular para 23, 4 por cento, face a 20, 3 no segundo trimestre e 19, 2 no primeiro. Entre as mulheres o desemprego continua também a subir, mas a um ritmo mais moderado, tendo passado de 11, 5 por cento no segundo para 12, 4 por cento no terceiro trimestre. Inversamente, entre os homens houve uma ligeira redução entre estes dois trimestres, de 9, 7 para 9, 6 por cento. Novo recorde dos dados nacionais desde 1953Este valor de 10, 9 por cento constitui um novo recorde dos dados nacionais sobre desemprego, quer desde que o INE acompanha o desemprego (segundo trimestre de 1983), quer desde que há registo nas séries longas do Banco de Portugal, que no caso do desemprego remonta a 1953 e utiliza um conceito mais lato que o actual. No entanto, o Eurostat divulgou uma taxa de onze por cento para o desemprego em Maio e Junho, que constituem os valores máximos conhecidos relativos à taxa de desemprego no país. Desde então, baixou para 10, 8 por cento em Julho e 10, 6 por cento em Agosto e Setembro. Isto quer dizer que o valor que seria calculado para o terceiro trimestre a partir deste dados ficaria em torno de 10, 7 por cento, portanto abaixo do valor do INE. O Instituto Nacional de Estatística calcula o desemprego apenas trimestralmente por inquérito, e com um método diferente do Eurostat, que se baseia nos dados do INE e do IEFP para fazer os seus cálculos. Notícia corrigida às 15h20
REFERÊNCIAS:
Entidades IEFP