Mais de 200 mil portugueses recorrem ao Banco Alimentar
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.5
DATA: 2010-11-21
SUMÁRIO: A maioria esmagadora é de mulheres. Crise fez pedidos de ajuda alimentar aumentar. Metade dos que procuram comida ganha menos de 250 euros. O inquérito abrangeu quase 4700 pessoas.
TEXTO: Sessenta e seis mil famílias recorrem à rede do Banco Alimentar Contra a Fome (BACF) o que corresponde a mais de 200 mil pessoas, segundo a análise da Universidade Católica divulgada hoje. A análise foi realizada entre Junho e Outubro e abrangeu mais de 550 organizações numa parceria com o Banco Alimentar e a Associação Entreajuda, o Centro de Estudos e Sondagens da Católica. Na amostra recolhida para o estudo divulgado hoje há 75 por cento de mulheres, o que “pode dever-se ao facto de serem elas que, dentro do agregado familiar, mais se dirigirem às instituições a pedir ajuda”. Nos últimos três anos, mais de 70 por cento das instituições de solidariedade social registaram mais pedidos de apoio para alimentação, situação atribuída sobretudo pelo aumento do desemprego. É a vulnerabilidade económica decorrente quer do aumento do desemprego, quer das baixas reformas, que, a par de rupturas familiares, estão na base do aumento da procura alimentar”, conclui a análise. O inquérito do Centro de Estudos e Sondagens da Católica foi respondido por 1500 organizações de solidariedade que integram a rede do Banco Alimentar, num universo de mais de 3200 instituições. Menos de 250 eurosCerca de metade dos portugueses que recorrem à instituições de solidariedade social têm menos de 250 euros por mês para viver, segundo um inquérito realizado pela Universidade Católica. Com base nas respostas, a análise estima que as instituições prestem apoio alimentar a 66 500 famílias, a que correspondem 239 470 pessoas. No que respeita ao apoio em medicamentos, pode concluir-se que actualmente são 6600 as famílias ajudadas, num total de quase 16 mil pessoas. Estima-se ainda que as instituições que pertencem à rede do BACF dão igualmente apoio monetário a 5700 famílias e 11 968 pessoas. Os valores acumulados representariam um apoio global a mais de 350 mil pessoas, mas o estudo nota que não é possível apurar um valor total de pessoas cobertas por estas medidas sociais, uma vez que existem famílias e utentes que beneficiam de mais de que uma forma de ajuda. Numa análise mais detalhada por faixa etária, o questionário mostra que são pelo menos 74 mil as crianças que recebem apoio alimentar da rede do BACF, número que o próprio estudo admite estar aquém da realidade. No que respeita ao apoio em medicamentos, pode concluir-se que actualmente são 6600 as famílias ajudadas, num total de quase 16 mil pessoas. Estima-se ainda que as instituições que pertencem à rede do BACF dão igualmente apoio monetário a 5700 famílias e 11 968 pessoas. Os valores acumulados representariam um apoio global a mais de 350 mil pessoas, mas o estudo nota que não é possível apurar um valor total de pessoas cobertas por estas medidas sociais, uma vez que existem famílias e utentes que beneficiam de mais de que uma forma de ajuda. Numa análise mais detalhada por faixa etária, o questionário mostra que são pelo menos 74 mil as crianças que recebem apoio alimentar da rede do BACF, número que o próprio estudo admite estar aquém da realidade.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave fome ajuda social estudo mulheres desemprego