Estados Unidos preocupados com capacidade nuclear da Coreia do Norte
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 3 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-21
SUMÁRIO: O enviado-especial dos Estados Unidos para a Coreia do Norte, Stephen Bosworth, aterrou em Seul para uma nova ronda de contactos com os países asiáticos aliados, que deverão analisar o relatório de um cientista nuclear da universidade de Stanford que alega que Pyongyang mantém centenas centrifugadores nucleares em armazém.
TEXTO: A Coreia do Norte autorizou o acesso do cientista Siegfried Hecker ao seu complexo nuclear de Yongbyon, onde, de acordo com o relato da Reuters, ele teve oportunidade para observar “centenas de centrifugadores”. Os oficiais que o acompanharam na visita terão indicado a existência de dois mil centrifugadores. Foi a quarta visita do cientista americano àquela complexo. No seu relatório, Hecker escreveu que a construção de uma unidade para o enriquecimento de urânio foi concluída e encontra-se já a produzir urânio empobrecido, para alimentar um novo reactor experimental. “Vi mais de mil centrifugadores alinhados e perfeitamente operacionais”, diz o documento. O cientista disse não ter forma de verificar a informação, mas esclareceu que todos os equipamentos tinham sido construídos domesticamente e revelavam grande sofisticação. “A sala de controlo era surpreendentemente moderna”, considerou. O Chefe das Forças Armadas dos Estados Unidos, Mike Mullen, disse que a informação prova que a Coreia do Norte continua a trabalhar no desenvolvimento de armas nucleares com o objectivo de “desestabilizar a região” e que as potências regionais têm de aumentar a pressão sobre o regime de Kim Jong-il. “Temos de manter a pressão sobre ele. Todos na região – e particularmente os países envolvidos nas conversações a seis [Rússia, China, Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul] – têm de continuar a pressionar o regime e especificamente o seu Presidente”, disse, numa entrevista à cadeia televisiva ABC. O enviado americano tem encontros na Coreia do Sul, Japão e China. Depois de abandonar as negociações para o fim do seu programa atómico no ano passado, Pyongyang indicou a sua vontade de reiniciar as conversações – no que os analistas entendem ser um sinal de como o país está a ser afectado pelas sanções internacionais.
REFERÊNCIAS:
Cidades Pyongyang