Tribunal decide manter Assange detido até dia 14
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DATA: 2010-12-07
SUMÁRIO: O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, vai ficar detido até 14 de Dezembro, decidiu esta tarde o Tribunal de Justiça de Westminster.
TEXTO: A decisão foi tomada após a audição do fundador da WikiLeaks, em virtude de um mandado de captura europeu relacionado com uma acusação de violação feita pela justiça sueca. O tribunal recusou a libertação sob caução pedida pelo advogado de Assange, sendo que várias personalidades, como o cineasta Ken Loach, se declararam disponíveis para pagar o valor da caução. O fundador da WikiLeaks, de 39 anos, contestou o pedido de extradição feito pela Suécia, que deseja interroga-lo num caso de agressão sexual e violação que terá ocorrido em Agosto na Suécia. As acusações foram formuladas após a apresentação de queixas contra Assange por parte de duas mulheres que trabalharam como voluntárias da WikiLeaks. O juiz Howard Riddle qualificou as acusações de “extremamente graves” e considerou que Assange tinha “os meios e a capacidade para fugir”, optando por manter o suspeito em prisão preventiva até uma nova audiência, marcada para 14 de Dezembro. Assange nega as acusações e insiste que tudo não passa de uma conspiração para silenciar o seu site. Há nove dias, a WikiLeaks começou a transmitir perto de 250 documentos diplomáticos dos Estados Unidos a vários jornais ocidentais. Assange entregou-se na polícia acompanhado pelos dois advogados que o representam no Reino Unido, Mark Stephens e Jennifer Robinson às 9h30. Na Polícia Metropolitana da capital britânica, foi detido para interrogatório, depois de, na véspera, os seus advogados terem entrado em contacto com as autoridades inglesas para acordar um encontro voluntário. A WikiLeaks escreveu entretanto na sua conta do twitter que os acontecimentos de hoje “não afectarão” a divulgação de novas fugas de informação. E o porta-voz da organização garantiu depois à Reuters que, apesar do ataque à liberdade de informação que diz representar a detenção, a WikiLeaks vai continuar a revelar documentos “hoje e nos próximos dias”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave tribunal ataque prisão violação sexual mulheres