China e mais 18 países faltam à cerimónia do Nobel da Paz
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.5
DATA: 2010-12-07
SUMÁRIO: A China e mais outros 18 países recusaram estar presentes sexta-feira em Oslo para a cerimónia de entrega do prémio Nobel da Paz, atribuído pelo comité norueguês ao dissidente chinês Liu Xiaobo.
TEXTO: Os representantes da Rússia, Arábia Saudita, Paquistão, Iraque, Irão, Afeganistão, Ucrânia, Cazaquistão, Sérvia, Venezuela, Filipinas, Vietname, Colômbia, Egipto, Tunísia, Sudão, Marrocos e Cuba, todos declinaram os convites invocando “razões variadas”, é confirmado em comunicado. Ainda assim "a maioria dos países convidados vão estar presentes na cerimónia", é também sublinhado. O comité denunciara que Pequim fez uma campanha de pressão sem precedentes para impedir a presença de representantes de vários países na cerimónia de homenagem a Liu Xiaobo – o qual cumpre uma pena de prisão de 11 anos devido às suas acções de activismo pelos direitos humanos e democracia na China. Embaixadas e chefes da diplomacia de muitos países receberam cartas da China instando a que se mantivessem ausentes de Oslo para a cerimónia, sugerindo mesmo "graves consequências" para aqueles que manifestassem apoio ao activista. A par deste passo, o regime de Pequim proibiu há dias o artista Ai Weiwei, firme crítico do regime chinês, de viajar para fora da China, decisão que foi interpretada como estando ligada ao boicote à cerimónia de Oslo. Ai Weiwei tinha uma viagem marcada para a Coreia do Sul, mas foi impedido pela polícia alegando que esta deslocação constitui uma "ameaça à segurança nacional". O artista avaliou a decisão como sendo "muito pateta" e sugeriu que a restrição estava ligada à cerimónia do Nobel da Paz, apesar de não ter sido convidado para o evento, nem sequer ter intenção de comparecer. As autoridades chinesas têm vindo a apertar o cerco a dissidentes no país desde que a atribuição do Nobel a Liu Xiaobo foi anunciada em Outubro, incluindo a mulher do dissidente. Muitos foram postos sob apertada vigilância ou mesmo em prisão domiciliária. Notícia actualizada às 10h20
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos humanos mulher prisão chinês