Bruxelas analisa incidente com avião da TAAG em Lisboa
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DATA: 2010-12-07
SUMÁRIO: Comissão Europeia, que tinha autorizado companhia angolana a voar para a Europa com regras de segurança mais rígidas, já está em contacto com autoridades portuguesas.
TEXTO: O incidente que ocorreu ontem, em Lisboa, com um avião da TAAG, que, fruto de avarias técnicas num motor, deixou cair peças de fuselagem e foi obrigado a regressar ao aeroporto da Portela, está a ser acompanhado “de muito perto”, disse hoje fonte oficial da Comissão Europeia à agência Lusa. Bruxelas revelou que está “perfeitamente a par” do incidente. “A Comissão Europeia está perfeitamente a par da ocorrência em 06 de Dezembro, envolvendo uma aeronave do tipo B-777 com a matrícula D2-TEF operados pela TAAG Linhas Aéreas de Angola, durante a sua subida inicial, em Lisboa”, afirmou. De acordo com a Lusa, as autoridades portuguesas já terão sido contactadas por Bruxelas, que deu inicio a um processo de consultas “para determinar o que se deve fazer de seguida”, referiu fonte oficial. “As partes metálicas foram aparentemente perdidas pela aeronave e teriam causado prejuízos no solo”, afirmou a fonte comunitária, acrescentando que “a ocorrência pode ser classificada como um incidente ou um acidente pelas autoridades portuguesas encarregadas do inquérito”. A investigação é da responsabilidade do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA), que, depois de uma análise preliminar, deverá apresentar um relatório mais completo sobre o incidente. Não há um prazo para apresentar as conclusões finais, mas a análise intermédia tem de estar concluída no prazo de um ano. Da comissão de investigação fazem parte responsáveis do Instituto Nacional da Aviação Civil (INAC) e da Agência Europeia para a Segurança da Aviação, técnicos de manutenção da TAP e ainda peritos angolanos e norte-americanos, visto que o motor que apresentou avarias foi produzido nos EUA. Em Julho de 2007, a TAAG entrou na lista negra das companhias de aviação, elaborada pela União Europeia, tendo estado impedida, durante dois anos, de realizar voos no espaço aéreo europeu, por motivos de segurança. Bruxelas decidiu conceder, em Julho de 2009, uma autorização prévia à companhia de aviação angolana, permitindo voos experimentais para Lisboa, com condições estritas e aeronaves específicas, sob inspecções periódicas do INAC. Em Março último, a Comissão Europeia deu permissão à TAAG para operar em toda a Europa, também sob um regime mais apertado. Todas as restantes transportadoras angolanas permanecem na lista negra da UE, que inclui cerca de uma centena de empresas, muitas delas africanas.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA UE