WikiLeaks: Pfizer fez pressão para evitar ser processada na Nigéria
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-12-11
SUMÁRIO: A farmacêutica Pfizer procurou obter informações comprometedoras acerca do antigo procurador-geral da Nigéria, Michael Aondoakaa, para evitar ser processada devido a um ensaio clínico que acabou por causar a morte de 11 crianças, de acordo com documentos diplomáticos divulgados pela WikiLeaks.
TEXTO: O telegrama em que as pressões são referidas foi publicado pelo diário britânico “Guardian”, e nele se fica a saber que o responsável pela Pfizer na Nigéria, Enriço Liggeri, informou os responsáveis norte-americanos sobre a questão num encontro a 9 de Abril de 2009. “Segundo Liggeri, a Pfizer contratou investigadores para descobrir eventuais casos de corrupção ligados ao procurador-geral Michael Aondoakaa, de forma a pressioná-lo a abandonar o caso”, adiantou a AFP. A Pfizer negou ter contratado alguém para investigar o procurador-geral nigeriano. Em Julho passado acabou por assinar com o Governo da Nigéria um acordo de 75 milhões de dólares relativo ao ensaio clínico de um medicamento para a meningite, Trovan, em 1996. O medicamento foi testado em 200 pessoas e 11 crianças acabaram por morrer. Em comunicado, a Pfizer adiantou que negociou o acordo “de boa-fé”.
REFERÊNCIAS:
Tempo Julho Abril