Costa do Marfim: 14 mil pessoas já fugiram para a Libéria
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 2 Animais Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-12-26
SUMÁRIO: Pelo menos 14 mil pessoas deixaram a Costa do Marfim para a Libéria em fuga da violência pós-eleitoral que já matou mais de 200 pessoas.
TEXTO: O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados “registou um total de 14 mil refugiados no Leste da Libéria que fugiram na sequência da instabilidade pós-eleitoral”. A agência da ONU disse ainda em comunicado ter informações sobre alguns refugiados impedidos de atravessar a fronteira por grupos de rebeldes. Membros das Forças Novas “obrigaram os refugiados das vilas [da região de] Danane a desviarem-se do seu caminho cerca de 80 quilómetros antes de entrarem na Libéria”, acrescentou o ACNUR, apelando à “protecção dos civis”. O Presidente cessante, Laurent Gbagbo, considerou entretanto “inaceitável” a ameaça de recorrer à força para o afastar da presidência feita pelos países da Comunidade de Estados da África Ocidental (CEDEAO). Segundo o porta-voz do Governo de Gbagbo, Ahoua Don Mello, “todos os países [da CEDEAO] têm cidadãos na Costa do Marfim” e quaisquer “ataques do exterior vão transformar-se numa guerra no interior”. A CEDEAO voltou a exigir na sexta-feira que Gbagbo abdique do poder em benefício do opositor, Alassane Ouattara, vencedor reconhecido das presidenciais de 28 de Novembro. “O povo da Costa do Marfim vai mobilizar-se. Isto exacerba o seu patriotismo, reforça a fé no nacionalismo. Esta vontade de reconciliação do continente africano vai terminar na Costa do Marfim, a não ser que se extermine toda a sua população”, afirmou ainda o porta-voz Ahoua Don Mello. A violência na Costa do Marfim fez, pelo menos, 173 mortos entre a quinta-feira da semana passada e a última terça-feira, denunciou a Alta Comissária adjunta das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Kyung-Wha Kang. Até então, a ONU contabilizava em 50 mortos e 200 feridos as vitimas da violência entre partidários de Gbagbo e Ouattara.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU