Estado português planeia entre 13 e 15 emissões de dívida no primeiro trimestre
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.25
DATA: 2010-12-29
SUMÁRIO: O Estado português deverá, durante o primeiro trimestre de 2011, efectuar entre 13 e 15 novos leilões de obrigações e bilhetes de tesouro, num valor que deverá superar os 10 mil milhões de euros. Estas operações serão decisivas para aferir a opinião dos mercados relativamente à situação das finanças públicas do país.
TEXTO: De acordo com o plano de financiamento para 2011, hoje publicado pelo Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), durante o primeiro trimestre do próximo ano irá proceder-se ao lançamento de uma nova série de Obrigações de Tesouro (que terá como montante mínimo os 3000 milhões de euros) e à realização de leilões de quatro a seis linhas, com valores situados entre os 750 e os 1250 milhões de euros. Além disso, nos bilhetes de tesouro (instrumentos com prazos mais pequenos que as OT), está previsto para os primeiros três meses do ano o lançamento de três novas séries e a reabertura de cinco séries, tudo através de leilões que podem ir dos 750 até aos 1250 milhões de euros. Sempre considerando os valores mínimos de emissão previstos, o montante total a ser pedido pelo Estado português aos mercados através destes instrumentos é de 10250 milhões de euros. Os três primeiros meses do ano são considerados pelos analistas como decisivos para a forma como o Estado português irá conseguir, em 2011, fazer face às suas necessidades de financiamento. Nesta altura, são vários os Governos europeus a recorrerem em larga escala aos mercados e Portugal não pode, por causa do calendário de amortizações de dívida, deixar de também fazer pedidos significativos de empréstimos. Para a totalidade do ano, o IGCP diz que as emissões brutas de obrigações de tesouro serão de 20 mil milhões de euros. Enquanto, relativamente aos bilhetes de tesouros apenas refere o montante de emissão líquida prevista (emissões brutas menos as amortizações), que antevê ser "marginalmente positivo em 2011". Esta entidade, responsável pela gestão da dívida pública, anunciou ainda que continuará a haver recurso ao financiamento de muito curto prazo, nomeadamente operações de reporte com bancos, e coloca a hipótese de realização de emissões com denominação em divisas diferentes do euro, no âmbito do programa EMTN, que permite ao Estado aceder a novos mercados, como o asiático.
REFERÊNCIAS:
Étnia Asiático