Espanha substitui leilão de dívida pública por empréstimo sindicado
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DATA: 2011-01-17
SUMÁRIO: A Espanha anulou leilão de dívida pública a dez e a 13 anos anunciado para quinta-feira, que substituiu por um empréstimo sindicado de uma nova obrigação a dez anos, anunciou hoje o Tesouro Público espanhol.
TEXTO: O objectivo do empréstimo, na modalidade agora anunciada no site da instituição, com um prazo de dez anos, é conseguir para o Estado espanhol um empréstimo no montante de quatro mil milhões de euros. Um porta-voz do Ministério da Economia disse à agência AFP que este objectivo é semelhante ao dos leilões anuladas e que a operação sindicada decorria esta manhã. Os bancos envolvidos são os espanhóis Santander e BBVA, os franceses BNP Paribas e Société Générale, o amerciano Citi e o britânico Barclays, mas não foi anunciado que são os compradores finais. Recentemente, houve contactos entre os governos espanhol e chinês com vista a levar este último emprestar dinheiro à Espanha, adquirindo títulos de dívida. Ao contrário das emissões normais de dívida, que são feitas por leilão junto dos investidores interessados, uma emissão sindicada é feita através de um conjunto de bancos seleccionados e tem um preço indicativo previamente fixado, funcionando em moldes semelhantes às realizadas pelos próprios bancos ou pelas empresas nos mercados financeiros. Os juros da operação de hoje deverão ficar cerca de 20 pontos-base acima da emissão precedente a dez anos por leilão, em que foram de 4, 85 por cento, segundo a agência Bloomberg, que não cita fontes. Isto significa que será de cerca de 5, 05 por cento, quando nos mercados secundários os títulos com este prazo estava a ser transaccionados cento às 12h35 com juro implícito de 5, 422 por cento, em alta face aos a 5, 342 por cento no fecho de sexta-feira. Este empréstimo sindicado permite à Espanha evitar enfrentar directamente o mercado, que continua nervoso relativamente à dívida de países como a Espanha e Portugal, mas também em relação à Itália, aparentemente temendo pela sua solidez financeira. No entanto, fontes do Tesouro espanhol, citadas no site do diários El País, disseram que a substituição do leilão pela emissão sindicada é uma prática habitual e que não é uma resposta às actuais pressões dos mercados, e que aconteceu porque não pode lançar duas emissões a dez anos no prazo de quatro dias. A Espanha tem este ano, tal como Portugal, de fazer um importante esforço de financiamento, com necessidades brutas de 93, 8 mil milhões de euros (segundo a Bloomberg) e líquidas de 41 mil milhões (segundo El País). Em Portugal, são de respectivamente cerca de 41 mil milhões e dez mil milhões, sendo que neste primeiro trimestre o Estado português pretende levantar nos mercados pelo menos dez mil milhões de euros. Na semana passada, os mercados pareciam ter acalmado ligeiramente, após as emissões de dívida portuguesa e espanhola terem sido vistas pelos responsáveis como um sucesso relativo, apesar da subida das taxas de juro face às operações precedentes. A Espanha colocou na quinta-feira toda a dívida pública que leiloou, com uma taxa de 4, 542 por cento a cinco anos e a procura mais forte que a da emissão anterior, a superar 2, 1 vezes os três mil milhões disponíveis para os investidores. No entanto, a taxa de juro paga ter subido uns violentos 27 por cento face aos 3, 576 por cento pagos na última emissão semelhante, a 4 de Novembro. Na quarta-feira, Portugal colocado a totalidade da dívida que leiloou hoje, com boa procura. No caso das obrigações a dez anos os juros desceram ligeiramente face à emissão precedente, para 6, 716 por cento, mas subiram 33, 5 por cento para o prazo de quatro anos. Notícia actualizada às 13h08Notícia corrigida às 14h12
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave chinês