Nobre acusa Cavaco de ter destruído o sector produtivo do país
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DATA: 2011-01-18
SUMÁRIO: A quatro dias do fim da campanha, Fernando Nobre pôs-se ao leme de uma traineira, na Póvoa de Varzim, para prometer dar um novo rumo ao sector pesqueiro. E, recuperando a promessa de apresentar, no prazo de um ano, um plano estratégico para recuperar não só as pescas, mas também a agricultura e a indústria, aproveitou para acusar Cavaco Silva de ter destruído o sector produtivo português.
TEXTO: "Como se permitiu que o número de pescadores passasse de 41 mil para 17 mil? E como é que permitimos que chegássemos a um défice nas pescas de 800 milhões de euros?", questionou, criticando ainda o facto de os espanhóis ("Nada contra os nossos irmãos espanhóis, mas estou aqui para defender Portugal") terem conseguido mais licenças de pesca e de pescado nas costas nacionais do que os pescadores portugueses. Nobre garantiu que, se for eleito, "o desprezo pelo mar acaba no dia 23 de Janeiro". De seguida, e lembrando que "uma nação não tem futuro se se alicerçar unicamente em serviços", acusou Cavaco Silva de ter destruído o sector produtivo português. "O tecido produtivo foi sendo destruído por incapacidade, incompetência, omissão ou abstracção dos que hoje querem ser Presidente da República e se põem a falar do mar", atirou. Ainda sobre Cavaco. "Ao fim de 30 anos no poder em vários órgãos de soberania, no que respeita ao mar, tudo o que sabemos foi a destruição da nossa frota pesqueira e as pescarias pessoais". Antecipando as críticas dos que o acusam de apresentar propostas que extravasam os poderes de um Presidente da República, lembrou que o chefe de uma nação "só responde perante os portugueses". "Tem um poder que lhe permite não só ser ouvido mas ser escutado. Eu usarei todos os meus poderes presidenciais, não abdicando um milímetro, para que este plano estratégico seja uma realidade". Ao lado do fundador da AMI, na sede da Associação Pró-Segurança dos Homens do Mar, o vereador da Câmara da Póvoa de Varzim, Renato Matos, explicou por que, apesar de militante do PS, decidiu apoiar a corrida de Nobre a Belém. "Fi-lo por imperativo de consciência, quase moral, porque entendo que o país não pode desperdiçar um homem com a dimensão cultural e humana de Fernando Nobre".
REFERÊNCIAS:
Partidos PS