Fernando Nobre admite que 10 por cento seria já "enorme vitória"
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DATA: 2011-01-21
SUMÁRIO: O candidato presidencial Fernando Nobre admitiu esta que ter um resultado de 10 por cento seria já “uma enorme vitória”, reservando no entanto a expectativa para a “verdadeira sondagem” do próximo domingo.
TEXTO: “Um cidadão independente como eu, com nenhuma máquina partidária, chegar a dez por cento já não é uma enorme vitória em cem anos de república?”, questionou o candidato quando instado a comentar uma sondagem da SIC/Rádio Renascença, que lhe atribui o terceiro lugar nas intenções de voto, atrás de Manuel Alegre e Cavaco Silva. Numa pausa numa arruada nocturna no Bairro Alto, em Lisboa, Fernando Nobre, que tem falado várias vezes em vitória e na sua capacidade para disputar uma segunda volta com Cavaco Silva, valorizou agora a simples existência da sua candidatura como vitória. Para o candidato, a sua entrada na corrida a Belém “é um despertar da cidadania portuguesa e da sociedade civil”. “Se nós não tivermos uma cidadania activa, exigente, participativa, nunca mais nós teremos desenvolvimento no nosso país”, defendeu. Fernando Nobre afirmou ainda que “é preciso que a cidadania se levante, não para tomar o poder mas para exigir mais rigor, mais transparência, mais resultados e mais desenvolvimento”. Até agora, a sociedade civil tem estado “amorfa, adormecida”, mas para Fernando Nobre, ter sido candidato foi “ajudar a despertar”. O candidato reiterou também as críticas a Cavaco Silva, que falou em custos financeiros de uma segunda volta, acusando-o de fomentar a “angústia e o medo”. “O dramatismo são aqueles que nos dizem que não podemos ir a uma segunda volta porque o país não o suporta. Isso é que é o verdadeiro dramatismo, o medo, a angústia e um passado que queremos ver acabado”, declarou Fernando Nobre. Ao longo de cerca de uma hora, o candidato passeou com dezenas de apoiantes, na maioria jovens, por algumas das movimentadas ruas do Bairro Alto. Muitos jovens quiseram cumprimentar o candidato e abordaram-no, com algumas conversas sobre assuntos na agenda de Fernando Nobre: os problemas dos jovens, o emprego ou a integração dos imigrantes.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave medo