FMI revê em alta crescimento mundial para este ano
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.08
DATA: 2011-01-25
SUMÁRIO: O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu hoje em alta as suas previsões de crescimento para a economia mundial em 2011, apontando para uma expansão de 4,4 por cento, mas avisa que a recuperação enfrenta riscos elevados.
TEXTO: Numa actualização das projecções do seu World Economic Outlook, hoje divulgada, o FMI aponta para um crescimento mundial de 4, 4 por cento este ano, 0, 2 por cento acima das últimas previsões, feitas em Outubro. A melhoria fica, sobretudo, a dever-se aos Estados Unidos e ao novo pacote de medidas que o país aprovou no final do ano passado. A maior economia mundial deverá crescer três por cento este ano, mais 0, 7 por cento face ao que o FMI previa em Outubro. O Japão dará também o seu contributo, crescendo um ponto percentual acima do previsto (1, 6 por cento), graças também a novas medidas que permitirão à economia um crescimento moderado. Na zona euro, o FMI está a apontar para o mesmo crescimento que em Outubro – 1, 5 por cento. A Alemanha será o grande motor da expansão, crescendo 2, 2 por cento, mais 0, 2 por cento do que o inicialmente previsto. Nas economias emergentes, o ritmo de crescimento permanecerá acelerado, com o FMI a prever um aumento do PIB na ordem dos 6, 5 por cento. Excluindo os países asiáticos, a África subsariana será a região a apresentar um maior crescimento – 5, 5 por cento – graças à crescente procura interna e ao aumento do apetite mundial por matérias-primas. O FMI destaca, contudo, que “riscos descendentes que se colocam à recuperação permanecem elevados”, sobretudo devido à crise da dívida soberana na zona euro. De acordo com o fundo, o grande risco é que as tensões da zona euro continuem a aumentar e acabem por estender-se a outros países europeus. Além disso, o FMI considera que há alguma “falta de progresso na formulação de planos de consolidação orçamental a médio prazo nas maiores economias mundiais”, a que se junta ainda as preocupações com o mercado imobiliário norte-americano, que continua fraco, e a escalada dos preços das matérias-primas. Finalmente, o fundo salienta que, apesar do seu bom desempenho, há o risco de sobreaquecimento e de formação de bolhas nos mercados emergentes, devido aos elevados fluxos de capital em direcção a estas economias. “Com os mercados emergentes a representaram actualmente quase 40 por cento do consumo mundial e mais de dois terços do crescimento mundial, um abrandamento nestas economias teria um impacto sério na recuperação mundial e para o reequilíbrio que precisa de ser feito”, salienta a instituição.
REFERÊNCIAS:
Entidades FMI