PT reafirma compromisso estratégico com a Oi e o Brasil
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-26
SUMÁRIO: A PT reafirmou hoje o seu compromisso estratégico com a Oi e com o Brasil, após a assinatura com a operadora brasileira e os seus accionistas dos “acordos definitivos” que lhe vão dar uma participação directa e indirecta de 25,6 por cento na Telemar, e por essa via na Oi.
TEXTO: A empresa portuguesa espera que, a prazo, a troca da posição na Vivo pela da Oi "reforce a sua geração de caixa" face a que decorria da posição que partilhava com a espanhola Telefónica. Zeinal Bava, presidente executivo da PT, recordou que o perfil da Oi é diferente do da Vivo e que o cash-flow é um dos seus pontos fortes, estando nos 7700 milhões de reais (3, 39 mil milhões de euros) anuais. Está no entanto previsto que este ano o investimento da Oi suba 40 por cento face a 2010, e que os anos seguintes sejam de “investimentos pesados”, numa estratégia de ganhar posições no mercado brasileiro, conforme explicou Octávio Ribeiro, accionista de referência da Oi, através da AG Telecom. A PT reafirmou também que o Brasil continuará a ser a sua prioridade, para o que investe 8, 2 mil milhões de reais nesta posição no Brasil (face a um máximo de 8, 4 mil milhões previstos no acordo inicial, anunciado em Julho), mas “mantém a flexibilidade financeira para novos investimentos a médio-longo prazo”. O reforço da posição da Oi no Brasil deverá centrar-se muito em novos serviços de televisão, que neste país ainda não são fornecidos por operadores de telecomunicações (Octávio Ribeiro espera para breve a nova lei que os vai autorizar), e na massificação da internet por banda larga, fixa e móvel. Mas a empresa olha também para o resto da América Latina, “por uma questão de proximidade de mercado”, explicou ainda Octávio Ribeiro, e não exclui associar-se à PT na sua expansão para os mercados africanos de língua portuguesa. Está também prevista a aquisição pela Oi de dez por cento da PT, mas “sem timing”, confirmou por seu lado Pedro Geritate, outro accionista de referência da Oi, também presente na conferência de imprensa telefónica. Zeinal Bava, visivelmente satisfeito, classificou o acordo, assinado esta madrugada, como “muito bom”, e disse que a parceira tem “tudo para dar certo”. Por seu lado, Octávio Ribeiro realçou que se tratou de uma “operação de estruturação muito complexa” e que “só com o tempo necessário de reflexão” é que “se pôde chegar à harmonia”, e brincou, dizendo: “A PT veio para mais 500 anos [conforme Zeinal Bava] e espero conseguir na Anatel licença para mais 500. ”Enfatizou ainda que esta parceria reúne “as duas maiores empresas dos dois maiores países da língua da língua portuguesa e, a longo prazo, a preservação da língua portuguesa está associada a iniciativas como estas”. Por isso, “ir para África sim, mas com racionalidade”. Zeinal Bava realçou logo de início que a Oi é um “líder de mercado, totalmente integrado”, com quota de 30 por cento nas receitas do sector das telecomunicações no Brasil, 50 por cento dos clientes de telefone fixo e 20 por cento no Móvel [face a 39 da Vivo], com 37, 4 milhões clientes. Está também na banda larga, com 4, 3 milhões de clientes”. Foi esta dimensão que “atraiu a PT”, que quer ter cem milhões de clientes e dois terços das receitas fora de Portugal no final do anoNotícia em actualizada às 13h20
REFERÊNCIAS:
Entidades OI