Pais e alunos de escolas privadas já começaram a encerrar escolas em todo o país
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DATA: 2011-01-26
SUMÁRIO: Pais e mais de um milhar de alunos de seis colégios privados, com contratos de associação, concentraram-se hoje em Coimbra, em protesto contra os cortes no financiamento destas escolas. Foi o início de três dias de manifestações do “SOS - Movimento Educação”, constituído por associações de pais, que pretende encerrar dezenas de estabelecimentos com o objectivo de pressionar o Ministério da Educação (ME) a alterar as regras dos contratos de associação.
TEXTO: Para hoje estava previsto que apenas os colégios da região Centro encerrariam as portas, no entanto, de acordo com os responsáveis do SOS – Movimento Educação, ao todo, “cerca de vinte escolas da região e de outras zonas do país” fecharam já hoje as portas para assinalar o início de três dias de protesto. “Estes colégios de Coimbra têm cerca de 3500 alunos. Mas, ao todo, estimamos que entre 17 e 18 mil alunos não estejam hoje a ter aulas. E como muitas escolas de outras regiões aderiram já hoje é provável que algumas possam encerrar os três dias”, declarou João Asseiro, da Associação de Pais do Colégio Rainha Santa Isabel, em Coimbra, e um dos porta-vozes do movimento. Na mesma cidade, as escolas foram encerradas pelos pais que, juntamente com os filhos, se concentraram no Parque Verde do Mondego: houve cartazes, palavras de ordem e, os participantes juntaram-se mesmo para formar a palavra “SOS”. Depois de ontem a ministra da Educação ter criticado a “utilização” dos alunos nos protestos organizados pelas associações pais, hoje João Asseiro lamentou “profundamente” as declarações de Isabel Alçada. “Somos pais e encarregados de educação. É perfeitamente legítimo que tragamos os nossos filhos para estas manifestações que não são mais do que actos cívicos em defesa da educação”, declarou João Asseiro, que é também presidente da Federação Nacional das Associações de Pais das Escolas Católicas. Os colégios contestam, entre outras medidas, os cortes que o ME pretende introduzir nos contratos de associação, reduzindo os montantes de apoio “entre 20 e 30 por cento” enquanto que nas escolas estatais o corte fica-se pelos “5, 5 por cento”. “Não existe motivo para colocar em causa a sobrevivência dos contratos de associação e obrigar os nossos filhos a abandonar a escola que frequentam”, afirmou. O movimento prevê que, ao longo dos próximos três dias, mais de meia centena de colégios privados sejam encerrados como forma de protesto e, para o início de Fevereiro, está já a ser preparada uma manifestação nacional em frente à Assembleia da República.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola educação rainha