Chefes da diplomacia dos 27 discutem sanções a regimes de países terceiros
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DATA: 2011-01-31
SUMÁRIO: Os chefes da diplomacia da União Europeia (UE), que se reúnem hoje, em Bruxelas, pela primeira vez em 2011, vão discutir uma série de pacotes de sanções a regimes e personalidades de países terceiros, incluindo a Guiné-Bissau.
TEXTO: Numa reunião com uma agenda muito preenchida, os ministros dos Negócios Estrangeiros, entre os quais Luís Amado, vão ainda preparar, da parte da manhã, no encontro consagrado aos "assuntos gerais", a cimeira de chefes de Estado e de Governo que se celebra na capital belga na próxima sexta-feira, dedicada à energia e inovação. Os debates mais animados deverão ocorrer no âmbito da reunião consagrada aos Negócios Estrangeiros, sob a presidência da alta representante da UE para os Assuntos Externos, Catherine Ashton, com muitos temas em cima da mesa face à série de acontecimentos que abala a actualidade internacional, com destaque para a Tunísia, Egipto, Costa do Marfim e Bielorrússia, mas também Guiné-Bissau. Na sexta-feira, fonte diplomática disse à Lusa que, na reunião de hoje, vai ser tomada a decisão de congelar os bens e proibir os vistos de entrada no espaço europeu a vários responsáveis guineenses, indicando que na lista de cinco nomes estão incluídos o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, tenente-general António Indjai, e o chefe do Estado-Maior da Armada, Bubo Na Tchuto. "Um consenso que não é unanimidade"Portugal já reagiu, pela voz do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, João Gomes Cravinho, que se mostrou hoje preocupado com as consequências internas para a Guiné-Bissau, caso a União Europeia aprove o congelamento de bens e a proibição de vistos a vários responsáveis deste país. Em declarações à Lusa, o governante salientou que a aplicação de sanções à Guiné-Bissau reflecte "um consenso que não é unanimidade, mas que é uma exigência muito grande por parte de uma maioria de países da União Europeia", mas ressalvou que este é um assunto que Portugal vai "ainda discutir com outros países da UE". Os 27 vão ainda discutir sanções contra o antigo Presidente tunisino Ben Ali, contra o actual regime bielorrusso, e contra o Presidente cessante da Costa do Marfim Laurent Gbagbo.
REFERÊNCIAS:
Entidades UE