Crimes de rapto e sequestro sempre a aumentar desde 2007
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-03
SUMÁRIO: Os crimes de rapto, sequestro e tomada de reféns são, entre a criminalidade grave e violenta investigada pelas forças policiais, dos que mais têm subido nos últimos anos. Os dados estatísticos constantes dos relatórios anuais de segurança interna dos anos de 2007, 2008 e 2009 (os mais recentes) mostram que a prática destes delitos foi, respectivamente, de 442, 493 e 536 casos.
TEXTO: Muitos dos casos detectados correspondem a acertos de contas entre grupos criminosos rivais, nomeadamente de traficantes de droga. As zonas de Lisboa e Setúbal são aquelas de maior incidência neste tipo de criminalidade que, muitas vezes, se reveste de extrema violência, com as vítimas a serem mutiladas com golpes de armas brancas ou até alvejadas a tiro e, posteriormente, despejadas em contentores do lixo ou em locais ermos. O mais recente caso de rapto, anunciado hoje pela Polícia Judiciária (PJ) do Porto, não se inclui no rol dos crimes em que a motivação é o ajuste de contas devido ao tráfico de droga. É, ainda assim, um acto resultante de alegadas dívidas por um dos intervenientes. A vítima deste caso, uma mulher que esteve fechada numa casa próxima de Famalicão, durante oito dias (foi libertada ontem após operação da PJ) foge um pouco aos parâmetros habituais, uma vez que a maior parte dos raptos não costuma exceder os dois ou três dias. Fontes policiais contactadas pelo PÚBLICO, mesmo não estando na posse de todos os elementos, acreditam que este não será um caso que envolva grupos organizados de criminosos, nomeadamente de redes asiáticas. Na opinião dos investigadores contactados, as redes organizadas, nomeadamente as chinesas, são mais cuidadosas no seu modo de actuação, raramente deixando pistas que permitam uma rápida investigação e actuação das autoridades. Os grupos mafiosos asiáticos que têm actuado em Portugal só em ocasiões muito raras têm sido detectados. Um dos poucos casos referenciados ocorreu há cerca de seis anos, na zona da Gare do Oriente, em Lisboa, e envolvia alguns homens que integravam uma rede de tráfico de seres humanos e que possuía ligações a Espanha. Anos antes, tendo igualmente como ponto de partida uma cidade espanhola (Barcelona) e outra portuguesa (Lisboa) a PJ veio a encontrar, numa mala há muito abandonada num terminal rodoviário, as pernas de uma mulher chinesa que fora executada. O tronco apareceria algum tempo depois em Hendeye, França. Tratava-se de uma vítima de uma rede de prostituição, abatida após querer fugir.
REFERÊNCIAS:
Entidades PJ