Ataques de tubarões aumentaram em 2010 para máximo de uma década
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-09
SUMÁRIO: Os ataques de tubarões contra humanos aumentaram significativamente no ano passado. Os registos divulgados por um grupo de investigadores norte-americanos dão conta de 79 ocorrências em todo o mundo. É o número mais elevado desde 2000, quando foram reportadas 80. Os Estados Unidos continua a ser o país mais afectado.
TEXTO: Os ataques são sobretudo frequentes na Florida. A abundante vida balnear deste estado norte-americano ajuda a explicar os 13 casos registados na sua costa, quase tantos como na Austrália, o segundo país com mais ataques (14). Ao todo, houve 36 nos Estados Unidos. Seguem-se na lista África do Sul (oito), Vietname (seis) e Egipto (seis). “De acordo com as probabilidades, devem acontecer mais ataques do que ano anterior”, começou por explicar o ictiologista George Burgess, na apresentação do estudo levado a cabo na Universidade da Florida. “Mas a taxa de ataques não está necessariamente a subir – a população está a crescer e também o interesse na recreação aquática. Isso vai continuar com o crescimento da população”, acrescentou. A média anual de ataques registados ao longo da última década é de 63, 5. O especialista notou, no entanto, que estes predadores não estão ao nível dos humanos, que matam entre 30 a 70 milhões de tubarões anualmente. Por outro lado, a média anual de humanos que morrem na sequência das investidas destes peixes fica-se pela cinco. O cruzamento dos hábitos destas duas espécies pode, ainda assim, resultar em acontecimentos surpreendentes. Foi o que aconteceu em Dezembro, no Egipto, quando se registaram cinco ataques em cinco dias, com uma vítima mortal. “É extremamente incomum para os padrões de ataque de tubarão”, observou George Burgess. O ictiologista, que aconselha quem for atacado a bater no nariz do animal e depois a tentar escapar, sugeriu que na base desta sucessão de ocorrências no Mar Vermelho se deve a um Verão particularmente quente, às carcaças de ovinos lançadas na água recentemente e ao facto de haver mergulhadores a alimentar tubarões e outros peixes nos recifes.
REFERÊNCIAS: