Youtube, a emitir desde 2005
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Animais Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-16
SUMÁRIO: O mundo começou a mudar no dia 15 de Fevereiro de 2005, após a activação do nome de domínio YouTube.com. De lá para cá, a Internet nunca mais foi a mesma. Animais domésticos, bebés, guitarristas amadores, skaters desastrados, actores, humoristas, freaks e geeks... Eles estão todos num ecrã perto de si.
TEXTO: Se um extraterrestre descesse à Terra e, qual investigação sociológica, passasse os olhos pelo YouTube, espantar-se-ia com a bizarria de tudo aquilo. Numa mesma plataforma, podem ver-se alguns dos melhores e dos piores momentos do desempenho humano. Por um lado o derrube de ditaduras e, por outro, mulheres a deitarem gatos para contentores do lixo. Discursos históricos e cenas de tortura. A ida à Lua e o Holocausto. O Youtube transformou-se num espelho da própria Humanidade, capaz do melhor e do pior. O mais frequente, porém, é ser um espelho do quotidiano. Banalidades como cães a perseguirem aspiradores, uma criança a queixar-se que o irmão mais novo lhe trincou o dedo e experiências com Coca-Cola e Mentos são alguns dos exemplos. E não esquecer as pop stars. 2010 foi o ano do Justin Bieber e da Rihanna, da Lady Gaga e da Shakira e seu Waka Waka. Mas foi também o ano em que os dez vídeos mais populares do YouTube acumularam 250 milhões de visionamentos. Neste saco dos mais populares coube, por exemplo, uma miúda de três anos a chorar pelo cantor adolescente Justin Bieber e um cidadão norte-americano chamado Antoine Dodson cujo depoimento após a entrada de intruso em sua casa deu origem um remix musical viral: a Bed Intruder Song. Parece estranho que o mundo saiba quem é Dodson, mas os números não mentem: graças ao YouTube, o vídeo por si protagonizado foi visto mais de 53 milhões de vezes. Esta espécie de rap vendeu-se aos milhares no iTunes e deu entrada na lista Billboard Hot 100. Este é um dos encantos do YouTube. Qualquer um pode transformar-se numa estrela do dia para a noite. Aconteceu precisamente com Bieber. Um dia comia cereais e bebia leite achocolatado no Canadá e no outro era afilhado do Usher e deslumbrava todas as pré-adolescentes acima do Trópico de Capricórnio. Em Portugal tivemos a Ana Free, que saltou do Youtube para as bandas sonoras das telenovelas da SIC. RevolucionárioO nome de domínio YouTube. com foi activado a 15 de Fevereiro de 2005. Foi uma criação de três funcionários da empresa de pagamentos online PayPal: Chad Hurley, Steve Chen e Jawed Karim. O momento exacto em que estes três jovens decidiram avançar com a ideia de um site de vídeos é ainda uma nebulosa. Vários media têm noticiado que o conceito surgiu quando perceberam que era difícil partilharem online vídeos feitos num jantar em casa de Chad Hurley, mas esta versão dos acontecimentos já foi desmentida pelos próprios criadores. O vídeo inaugural colocado na plataforma chama-se “Me at the Zoo” [Eu no Zoo] e é protagonizado por um dos três criadores do site: Jawed Karim. No clip - que dura escassos 19 segundos e que foi colocado online a 23 de Abril de 2005 - Karim relata como são “fixes” as longas trombas dos elefantes numa visita ao zoo de San Diego. Em Maio de 2005 o site entrou em fase beta de experimentação e seis meses depois, em Novembro de 2005, o YouTube foi oficialmente lançado. O sucesso foi explosivo. Em Julho de 2006, a empresa anunciou que mais de 65 mil vídeos eram colocados online todos os dias e que o site registava uma média de 100 milhões de visitas diárias. O sucesso foi planetário e, em finais de 2006, o gigante Google comprou-o por 1, 65 mil milhões de dólares (cerca de 1, 3 milhões de euros, no câmbio da altura). Actualmente, os números são esmagadores: o YouTube diz que são colocadas no site 35 horas de material novo a cada minuto que passa e que cerca de três quartos desse material chega de fora dos EUA. A seguir ao motor de busca Google e à rede social Facebook, o YouTube é o terceiro site mais consultado em todo o mundo. Nestes seis anos, esta plataforma não potenciou apenas a revolução de nos mostrar o mundo. Ou pelo menos de abrir milhões de janelas sobre ele. Desde 2005 que o YouTube potenciou revoluções reais, a mais recente das quais no Egipto.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA