Helena André: desemprego deve-se à situação económica
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.037
DATA: 2011-02-17
SUMÁRIO: A ministra do Trabalho defendeu hoje que o desemprego deve-se à situação económica e não ao insucesso das políticas e frisou que o Governo continua “muito preocupado”, apesar da diminuição do número de inscritos nos centros de emprego. O número de desempregados “não tem nada a ver com o insucesso dos programas de políticas activas”, mas “com aquilo que é o crescimento económico do país e com a necessidade de termos um crescimento económico que seja mais importante e mais sustentado, para podermos criar mais emprego”, disse Helena André.
TEXTO: “A realidade é que o número de inscritos nos centros de emprego tem vindo a diminuir praticamente todos os meses. Tivemos apenas uma excepção em 2010, durante o mês de Setembro”, mas “isto não quer dizer que não continuemos muito preocupados” com os níveis de desemprego e, “sobretudo, com o desemprego de longa duração”, disse. A ministra comentava os dados divulgados hoje pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), segundo os quais o número de inscritos nos centros de emprego caiu 0, 5 por cento em Janeiro face ao período homólogo de 2010, com 557. 244 inscritos, mas registou uma subida de 2, 8 por cento face ao mês anterior. O Governo continua “muito preocupado” com “a necessidade” de “olharmos para as respostas aos desempregados de longa duração e para um novo fenómeno, que temos visto ao longo do último ano, que é o aumento do desemprego das mulheres”, disse. Helena André lembrou as respostas que o Governo tem “no terreno”, como as que destinadas a apoiar os desempregados de longa duração, incluindo os não subsidiados, a ajudar a melhorar as competências dos desempregados, a apoiar a criação do próprio emprego e a combater o aumento do desemprego feminino. Além destas respostas, a ministra lembrou também os incentivos às empresas para que possam “aumentar o número de contratações” de jovens, desempregados de longa duração e beneficiários do Rendimento Social de Inserção No entanto, “não tenhamos ilusões”, porque “o emprego cria-se quando há crescimento económico e, sobretudo, empresas inovadoras”, frisou, justificando assim a “aposta muito importante do Governo no apoio ao setor da exportação” e os exemplos que que dar através do roteiro por empresas inovadoras e que “apostam também na qualificação dos recursos humanos para ajudar a relançar a economia”. Helena André falava aos jornalistas durante uma visita à Herdade Vale da Rosa, em Ferreira do Alentejo, a primeira de um roteiro por empresas inovadoras para mostrar boas práticas nos estágios profissionais e na integração de jovens e programas de apoio à criação de empresas. Através do IEFP, a Herdade Vale da Rosa, o maior produtor nacional de uva de mesa, colocou no ativo 209 trabalhadores que antes estavam desempregados. Segundo a ministra, a herdade é um “exemplo” daqueles que “podem fazer com que o país cresça”, já que “assenta a sua produção numa combinação muito clara entre a inovação tecnológica, o empreendedorismo e a sua capacidade de atrair postos de trabalho e recursos humanos”.
REFERÊNCIAS:
Entidades IEFP