Porto Santo: vereação e administradores de empresa arguidos no caso da queda da palmeira
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-03-03
SUMÁRIO: O Ministério Público está a constituir os cinco membros da vereação da câmara do Porto Santo, incluindo o respectivo presidente, e os três administradores da empresa municipal Porto Santo Verde arguidos no caso da queda da palmeira, ocorrida a 22 de Agosto de 2010, durante um comício do PSD.
TEXTO: Os autarcas e os gestores têm estado hoje, um a um, a ser notificados da decisão pelo coordenador do Ministério Público na Madeira, Gonçalves Pereira, em diligências que está a efectuar no Tribunal do Porto Santo desde o início da manhã. Das investigações realizadas no decurso do inquérito aberto em Setembro resultaram suspeitas fundadas da prática de crime de homicídio por negligência, pelo qual poderá vir a ser deduzida acusação. Denunciados pelos familiares das duas vítimas mortais, aqueles autarcas e gestores municipais tinham, na perspectiva do Ministério Público, a obrigação de, perante a acentuada inclinação da palmeira, agir desencadeando medidas de prevenção. Apesar dos alertas para a sua queda eminente, não foram efectivamente tomadas quaisquer medidas que garantissem a segurança dos cidadãos no mais movimentado largo do centro do Porto Santo, onde estava a palmeira, mesmo em frente do edifício da câmara e daquela empresa. Da queda da phoenix canariensis, de grande porte, resultou a morte de Maria Judite Pascoal Nóbrega, 61 anos, residente no Funchal, e de David Alves Baptista, 25 anos, com morada em Almada. Provocou ainda ferimentos graves na mãe deste jovem e em mais duas mulheres madeirenses que estiveram hospitalizadas, além de causar pânico entre centenas de pessoas que aguardavam a intervenção de Alberto João Jardim no comício, cancelado depois do acidente.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime morte homicídio tribunal mulheres pânico