A jovem que quis enfrentar os cartéis mexicanos pede asilo aos EUA
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.05
DATA: 2011-03-05
SUMÁRIO: Marisol Valles García, uma estudante de criminologia de 20 anos, surpreendeu o México com a sua coragem ao aceitar chefiar a polícia num município junto a Ciudad Juárez. Agora não está a aguentar as ameaças, e pediu asilo aos Estados Unidos.
TEXTO: É a mais jovem chefe da polícia no México, e num local onde foi difícil encontrar quem estivesse disposto a desempenhar o cargo. Trabalhava em Práxedis Guerrero, um município junto a Ciudad Juárez, a cidade mais violenta do mundo sem contar com os sítios em guerra. Os funcionários municipais tinham dito que ela pedira uma licença para cuidar do seu filho de um ano, mas segundo familiares e o procurador do estado de Chihuahua, já foi feito o pedido de asilo as EUA, adiantou o El País. Marisol García não terá conseguido aguentar as ameaças dos cartéis da droga, que naquela região se confrontam pelo controlo do tráfico para os EUA, numa guerra que já causou mais de 30 mil mortes no México desde 2006. Por outro lado, os exemplos que a rodeavam também não eram encorajadores. Das duas outras mulheres que chefiaram uma esquadra da polícia na região, Érika Gândara foi sequestrada em Dezembro e nunca mais apareceu e Hermila Garcia foi assassinada por um grupo de homens armados dez dias depois de ter assumido o cargo de directora de Segurança Pública do município de Meoqui, tinha 38 anos. À frente de uma equipa de 19 agentes num pequeno município de 3400 habitantes, a mais jovem chefe da polícia mexicana tinha assumido o cargo em Outubro, e desde então sofrido várias ameaças. Tinha prometido “trocar o medo pela segurança”, mas ainda recentemente viu ser assassinado o comissário da polícia do município vizinho e o seu filho. A violência no Norte do México foi esta semana debatida num encontro entre o Presidente norte-americano Barack Obama e o homólogo mexicano Felipe Calderón. O México tem apelado à ajuda dos EUA para ajudar a conter a violência na fronteira e controlar o tráfico de armas.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA